por Telmo Schoeler, publicado ontem no Jornal do Comércio.
Recentemente, um alto executivo de uma empresa de auditoria global revelou o tamanho do desafio que o Brasil enfrenta no campo da ética trazido pela pandemia da Covid19. Citando um estudo global, ele observou que o País tem o terceiro pior posicionamento, com metade dos entrevistados tolerando comportamento antiético na busca de resultados para superar as dificuldades.
O fato, obviamente, é péssimo a longo prazo. A cada dia que passa, valores como ética, compliance, integridade e legalidade, crescem como imposições fora das quais simplesmente não haverá sobrevida e sustentabilidade das organizações. Independente de crises, opiniões ou vontades. Ora, é preciso incorporar os bons exemplos de empresas que não focam apenas no retorno aos acionistas, passando a uma lógica de capitalismo consciente e inclusivo, com retorno a todos os “stakeholders”, incluindo as considerações ambientais. Por isso, o nome ESG, que significa respeito aos indivíduos, à sociedade.
A B3 anunciou a revisão da metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A intenção é atrair investidores interessados em companhias que adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança. Então vai ampliar a ênfase no G, na governança, como em outros países. Essa resolução consolida o compliance, ainda mais no seu papel estratégico nos negócios.
A crise atual e as mudanças por ela acarretadas, certamente serão superadas a curto prazo. A questão é o ESG e os seus princípios de Governança e gestão, que significam sustentabilidade e criação de valor no longo prazo. Nisso, os bons valores passaram a ser impositivos para captar dinheiro, contratar, produzir produtos e serviços, vendê-los, etc. E esse é o princípio das empresas que compõem o ISE da B3 cujo valor de mercado ultrapassa R$ 1.6 trilhões.
A despeito da pesquisa desalentadora, a realidade é que estamos no caminho da correção de rumo, hábitos e tradições secularmente erradas. A Lava jato, com as prisões de figuras notórias e os protestos diante da corrupção, ilustram bem isso.
E o empresário, que focar apenas em soluções paliativas, terá insucessos, pois todas as ações são infrutíferas quando passam ao largo dos corretos objetivos de longo prazo.
Ser ético, respeitoso e legalista é atemporal, impessoal, absoluto e, por fim, Shakespeariano... to be or not to be.
Pontocritico.com
Recentemente, um alto executivo de uma empresa de auditoria global revelou o tamanho do desafio que o Brasil enfrenta no campo da ética trazido pela pandemia da Covid19. Citando um estudo global, ele observou que o País tem o terceiro pior posicionamento, com metade dos entrevistados tolerando comportamento antiético na busca de resultados para superar as dificuldades.
O fato, obviamente, é péssimo a longo prazo. A cada dia que passa, valores como ética, compliance, integridade e legalidade, crescem como imposições fora das quais simplesmente não haverá sobrevida e sustentabilidade das organizações. Independente de crises, opiniões ou vontades. Ora, é preciso incorporar os bons exemplos de empresas que não focam apenas no retorno aos acionistas, passando a uma lógica de capitalismo consciente e inclusivo, com retorno a todos os “stakeholders”, incluindo as considerações ambientais. Por isso, o nome ESG, que significa respeito aos indivíduos, à sociedade.
A B3 anunciou a revisão da metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A intenção é atrair investidores interessados em companhias que adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança. Então vai ampliar a ênfase no G, na governança, como em outros países. Essa resolução consolida o compliance, ainda mais no seu papel estratégico nos negócios.
A crise atual e as mudanças por ela acarretadas, certamente serão superadas a curto prazo. A questão é o ESG e os seus princípios de Governança e gestão, que significam sustentabilidade e criação de valor no longo prazo. Nisso, os bons valores passaram a ser impositivos para captar dinheiro, contratar, produzir produtos e serviços, vendê-los, etc. E esse é o princípio das empresas que compõem o ISE da B3 cujo valor de mercado ultrapassa R$ 1.6 trilhões.
A despeito da pesquisa desalentadora, a realidade é que estamos no caminho da correção de rumo, hábitos e tradições secularmente erradas. A Lava jato, com as prisões de figuras notórias e os protestos diante da corrupção, ilustram bem isso.
E o empresário, que focar apenas em soluções paliativas, terá insucessos, pois todas as ações são infrutíferas quando passam ao largo dos corretos objetivos de longo prazo.
Ser ético, respeitoso e legalista é atemporal, impessoal, absoluto e, por fim, Shakespeariano... to be or not to be.
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