Conjunto de alimentos passou a custar R$ 528,61 e ocupa a quarta posição entre as cestas básicas mais caras do Brasil
Correio do Povo
Após três meses consecutivos de queda abaixo dos 2%, a cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de agosto em alta de 3,40%, conforme foi divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta sexta-feira. O conjunto de alimentos passou a custar R$ 528,61 e está na quarta posição entre as cestas básicas mais caras do País.
Na Capital gaúcha, o produto com maior redução em agosto, em relação a julho, foi a batata (-9,86%). Em seguida, na lista dos produtos que baixaram o preço, vem o açúcar (-1,89%), a farinha de trigo (-1,35%), a carne (-0,55%) e o café (-0,10%). Na contramão, os produtos em alta que puxaram o valor total da cesta foram: o tomate (21,33%), o óleo de soja (21,15%), o arroz (17,91%), a banana (9,76%), o feijão (5,00%), o leite (4,77%), a manteiga (3,21%), o pão (3,05%).
Em geral, o valor do óleo de soja apresentou alta em todas as capitais, com destaque para Campo Grande (31,85%), Aracaju (26,47%), Rio de Janeiro (22,39%) e Porto Alegre (21,15%). As demandas interna e externa têm elevado as cotações da soja e derivados, apontou o Dieese.
Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese, indicaram que os preços do conjunto aumentaram em 13 capitais e diminuíram em apenas quatro, em relação a julho. Segundo os dados da Dieese, São Paulo tem a cesta básica mais cara com R$ 539,95, seguido por Florianópolis com R$ 530,42 e Rio de Janeiro com R$ 529,76.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, na média, 48,85% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 48,26%.
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