Aprovado com 69 votos favoráveis, caso agora vai para um Tribunal Misto formado por deputados e desembargadores
R7 e Correio do Povo
A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) aprovou nesta quarta-feira, com 69 votos favoráveis, a abertura do processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel. Durante a sessão, se pronunciaram 31 deputados de 14 partidos e o governador afastado teve 60 minutos para apresentar sua defesa. Por videoconferência, Witzel disse que não teve seu direito de defesa garantido na ação, relembrou sua trajetória na magistratura e a avaliou que os deputados têm usado o processo como “palanque eleitoral”.
Agora, o caso segue para o tribunal misto, composto de cinco deputados e cinco desembargadores do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). A decisão será publicada em Diário Oficial na quinta-feira, e no dia seguinte, os partidos são convocados para indicar os cinco deputados ao tribunal misto. Em seguida, a corte tem até 120 dias para concluir se houve ou não crime de responsabilidade e caso seja confirmado, o governador é afastado do cargo.
Na semana passada, o MPF (Ministério Público Federal) apresentou uma nova denúncia contra o governador afastado. A acusação, desta vez, foi por organização criminosa. A denúncia foi feita com base em três operações policiais.
Além de Witzel, outras dez pessoas também foram denunciadas. Entre elas, está a mulher do governador afastado, Helena Witzel, e o presidente do PSC, Pastor Everaldo.
De acordo com a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, Wilson Witzel e o grupo atuaram da mesma forma que organizações criminosas que agiram no estado nos dois governos anteriores.
Os procuradores da República querem que os denunciados devolvam aos cofres públicos R$ 100 milhões.
Witzel é investigado por corrução na área da Saúde durante a sua gestão em contratos com OSs e hospitais de Campanha.
R7 e Correio do Povo
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