sábado, 22 de agosto de 2020

"Vamos conviver por um tempo com essa doença", diz Mourão em visita a Porto Alegre

Vice-presidente esteve no Instituto do Câncer Infantil nesta sexta-feira

Em visita a Porto Alegre, Mourão falou sobre a situação da pandemia de Covid-19

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta sexta-feira, na Capital, durante visita ao Instituto do Câncer Infantil (ICI), que a população vai precisar conviver com o novo coronavírus até que uma vacina com eficácia comprovada seja desenvolvida. Com mais de 112 mil mortes registradas no país, Mourão se solidarizou com as famílias que perderam parentes na luta contra a Covid-19 e destacou o papel de profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à doença.
Após conhecer o trabalho desenvolvido pela instituição, Mourão chegou ao auditório do ICI, onde recebeu o título de sócio benemérito e a Medalha da Coragem, símbolo da luta de crianças e adolescentes com câncer. Acompanhado do governador Eduardo Leite, do deputado estadual tenente-coronel Zucco (PSL), que é autor da lei que cria a política de atenção à oncologia pediátrica no RS, do presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), e do superintendente do ICI, Algemir Brunetto, Mourão fez um rápido pronunciamento.
O vice-presidente - que deixou o local sem conceder entrevista - afirmou que a 'grandeza de um povo' se faz nos momentos mais difíceis e reforçou que para enfrentar qualquer doença é preciso solidariedade. Mourão destacou que a pandemia restringe a liberdade da população em todas as regiões e 'nos coloca uma máscara' no rosto. "Temos que entender que ainda vamos conviver por um tempo com essa doença até que uma vacina de comprovada eficácia surja ou que a medicina encontre medicamento que combata os efeitos dela de forma imediata", observa.
Ao cumprimentar os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença, o vice-presidente destacou que a maioria dos pacientes infectados se recuperou. "A quantidade de gente infectada e curada é uma realidade extraordinária. Isso significa que os nossos outros canais foram pouco a pouco entendendo como funciona essa doença, descobrindo a melhor forma de combatê-la e cada vez mais salvando vidas e colocando as pessoas de volta nas suas atividades", completa.
Sobre a homenagem do ICI, Mourão garantiu que será mais um soldado a auxiliar o instituto. "Uma medalha dessa natureza me traz para o centro de uma luta que tem que ser de todos nós que temos responsabilidade com a sociedade, uma vez que a sociedade nos elegeu para cuidar dela", assinala. Ao destacar a importância do combate ao câncer infantil, o governador salientou que o trabalho do ICI simboliza a sociedade gaúcha 'abraçando a causa' e dá mais dignidade às famílias, crianças e jovens. Leite também destacou o momento atual de combate ao novo coronavírus e afirmou que estamos diante de uma 'guerra' sanitária no enfrentamento à Covid-19.
"Portamos no rosto uma máscara que além de nos proteger é símbolo também de proteger aos outros e de uma luta coletiva. É símbolo de que nós não podemos ficar esperando apenas ações do governo, mas toda sociedade precisa se mobilizar para poder enfrentar este momento e ter os melhores resultados para preservação das vidas humanas", frisou. O deputado Zucco lembrou que a ideia de criar uma lei surgiu durante passagem pelo Centro de Oncologia Pediátrico São Vicente de Paula, em Passo Fundo, onde conheceu a menina Emanuele Mader dos Santos, a “Manu”, paciente oncológica falecida em 2019. O casal Alessandra e Derlei dos Santos, pais da Emanuele, recebeu uma cópia da lei Manu, que foi sancionada pelo governador.
A nova legislação vai agilizar o atendimento de crianças e adolescentes portadores de câncer, o que amplia as possibilidades de cura. "A Lei Manu é a matéria de maior significado social e permite fazer aquilo que os gaúchos esperam de um parlamentar", afirmou Zucco. Brunetto destacou a importância de identificar precocemente a doença. "Essa lei chega num momento importante, de muita expectativa, porque permite que a gente possa fazer essa regulação por conta do pronto atendimento estatutário", destaca, acrescentando que é preciso mobilizar toda a sociedade na luta contra o câncer infantil.

Correio do Povo

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