1 - MORDE E ASSOPRANo mesmo dia em que Donald Trump volta ao palco para ser (de novo) a estrela da segunda noite da convenção do partido Republicano, a disputa entre China e EUA ganha novos capítulos. Oficiais de Pequim e Washington tiveram uma conversa telefônica na noite de ontem, o que
levou analistas a falar em um renovado otimismo sobre um acordo comercial entre os dois países. A boa notícia vem em meio a um divisionismo crescente. Um dos aspectos mais palpáveis está no mercado de tecnologia, como nas ameaças americanas ao TikTok. É de olho nas desavenças que nesta terça-feira a Ant Financial, fintech do varejista Alibaba, entrou com pedido de IPO em Hong Kong e Xangai. A expectativa é levantar 30 bilhões de dólares. A companhia-mãe, a Alibaba, já fez IPO em Nova York em 2014, mas fez uma segunda listagem em Hong Kong no ano passado. Pequim pressiona as empresas nacionais a fortalecer o mercado de capitais local e cortar a dependência dos EUA nessa frente.
2 - ECONOMIA EM PAUTAApós ser adiado na semana passada devido à votação dos vetos presidenciais (como o que proibiu aumento de salário de servidores), o Fundeb vai novamente à pauta do Senado nesta terça-feira. O fundo de financiamento da educação básica, criado em 2007,
expira no fim deste ano e congressistas correm contra o tempo para que ele entre no orçamento do ano que vem. O Fundeb chegou a ser tema de embate com o Ministério da Economia de Paulo Guedes, que tentou (sem sucesso) usar parte dos recursos para o Renda Brasil, programa de distribuição de renda. Outra expectativa desta terça-feira era o anúncio pelo governo justamente do Renda Brasil, junto a medidas de controle de contas públicas e o Pró-Brasil de infraestrutura, mas o evento foi adiado. O pacote vem gerando desavenças entre Guedes e outras alas do governo. Uma única medida ficou na agenda para hoje: o Casa Verde-Amarela, que substituirá o Minha Casa Minha Vida da gestão petista.
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3 - CORRUPÇÃO NA COVIDNa pauta da Câmara dos Deputados desta terça-feira está a discussão de um projeto de lei para
dobrar as penas de crimes contra administração pública em períodos de calamidade como agora, por causa da pandemia. Nesses períodos, as regras de compra de bens e serviços costumam ser afrouxadas, abrindo margem para problemas como o desperdício de recursos públicos numa aquisição feita às pressas. Ou, mais grave ainda, a corrupção por gente disposta a fazer dinheiro às custas do erário. Nas contas da deputada autora do projeto, Adriana Ventura (NOVO-SP), em 31 casos de compras públicas para a covid-19, 2,3 bilhões de reais foram usados de maneira irregular.
4 - PORTFÓLIO MAIORO efeito da crise causada pelo novo coronavírus nas empresas de planos de saúde negociadas em bolsa ainda não chegou. A maioria delas teve um trimestre dos sonhos, com altas expressivas nos lucros em plena crise. Mas o futuro é nebuloso em um cenário de alta do desemprego, em que o setor pode perder de 5,7% a 13,5% de seus 47 milhões de clientes. É nesse contexto que
a consultoria e corretora de seguros de saúde Qualicorp divulga seus resultados do segundo trimestre. Os números vêm poucos dias após a notícia de que a Qualicorp fechou parceria para vender planos da Notredame Intermédica, com o objetivo de ampliar os serviços oferecidos. As movimentações da companhia para ampliar seu portfólio têm sido bem vistas pelo mercado após a Qualicorp ter perdido metade dos clientes em 2018.
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