Prefeito condicionou novas medidas à redução na taxa de ocupação de leitos de UTI
Correio do Povo
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., afirmou em videoconferência nesta sexta-feira que irá iniciar um planejamento junto às entidades empresariais para discutir a flexibilização nas restrições impostas às atividades econômicas. No entanto, o prefeito alertou que essas novas medidas só serão tomadas se a cidade apresentar uma redução de demanda de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e na circulação de pessoas.
"Duas semanas atrás fizemos uma proposta de fechamento mais agressivo e uma restrição maior. A gente poderia iniciar a liberação semana que vem, mas não conseguimos o apoio integral, que vimos hoje nos times de futebol para essa ideia de isolamento. Então, semana que vem a gente vai começar a discutir com as entidades empresariais pra fazer um planejamento de diminuição de restrições", disse Marchezan, que reforçou que a flexibilização só ocorrerá "se a demanda por leitos de UTIs não aumentar e se a circulação de pessoas diminuir ou não aumentar o suficiente pra pressionar os hospitais na cidade".
A manifestação ocorreu logo após o prefeito anunciar a liberação de duas partidas de futebol, do Grêmio e do Inter, a serem realizadas neste domingo no Beira-Rio e na Arena. A mudança nos protocolos, segundo ele, acontecem devido a redução de 3% na ocupação de leitos nos hospitais da Capital.
Nas redes sociais, o prefeito detalhou que as primeiras reuniões para a elaboração do planejamento serão com os setores da indústria, comércio, serviços, construção civil, alimentação, hospedagem, supermercadistas, shopping centers, transporte, religiosos e imprensa. A retomada gradual das atividades deve ocorrer pelos próximos 60 dias.
Nesta sexta-feira, o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) encaminhou uma carta ao prefeito Nelson Marchezan pressionando pela reabertura das atividades. “Este é o nosso último manifesto e ele pede socorro”, consta no documento, que ainda destaca a “situação insustentável” enfrentada pelo setor.
No texto, assinado pelo presidente Henry Chmelnitsky, a entidade reitera que “desde o início do enfrentamento da pandemia, buscamos dialogar, propor e construir saídas possíveis para o atual momento, mas a falta de previsibilidade e a incerteza de decisões com a qual tivemos que conviver nos gerou um índice enorme de desemprego e falência das empresas”.
Seguimos na próxima semana as reuniões com diversos setores na busca de alternativas para possível retomada gradual das atividades nos próximos 60 dias.— Nelson Marchezan Jr (@marchezan_) July 31, 2020
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