Alguns membros da lista participaram de atos terroristas importantes e são vigiados pelos EUA e por países da Europa
AFP e Correio do Povo
As autoridades afegãs anunciaram nesta sexta-feira (14) o início da libertação de 400 prisioneiros talibãs, uma medida que tem como intuito facilitar a abertura das negociações de paz. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Javid Faisal, informou que 80 desses prisioneiros foram soltos na quinta-feira, o que "acelerará os esforços para discussões diretas e um cessar-fogo duradouro e nacional".
A libertação dos 400 talibãs presos era um dos principais empecilhos para o início das negociações, muitas vezes adiadas, entre os insurgentes e o governo afegão, que se comprometeu a realizar uma troca de prisioneiros.
Uma "loya jirga", uma grande assembleia afegã composta por milhares de autoridades locais, responsáveis estatais e chefes tribais, concordou no domingo com a libertação dos 400 talibãs. Na segunda-feira à noite, o presidente do país, Ashraf Ghani, assinou um decreto oficializando a decisão.
Alguns dos membros desta lista estiveram envolvidos em ataques nos quais morreram afegãos e estrangeiros, e 44 deles estão sendo vigiados pelos Estados Unidos e outros países por seu papel em atentados contra alvos importantes. Cabul já libertou cerca de 5 mil talibãs, mas até agora as autoridades afegãs se negavam a libertar os últimos 400 prisioneiros pedidos pelos insurgentes.
Ghani, porém, alertou que a libertação de "criminosos cruéis" e de narcotraficantes "significará certamente um perigo para nós, para vocês (Estados Unidos) e para o mundo", durante uma videoconferência organizada por um centro de reflexão de Washington, o Council on Foreign Relations. A paz tem um custo e com essas libertações "pagamos o maior preço, o que significa que a paz terá consequências", continuou.
AFP e Correio do Povo
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