Envelopes foram entregues por representantes do Consórcio Novo Mercado de Porto Alegre e da DLS Paseo Administradora Ltda
Correio do Povo
A Prefeitura de Porto Alegre recebeu nesta sexta-feira duas propostas de interessados na concessão do Mercado Público. Os envelopes foram entregues por representantes do Consórcio Novo Mercado de Porto Alegre e da DLS Paseo Administradora Ltda. O trâmite do processo, no entanto, segue em compasso de espera.
Isso porque, além de ser orientado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a suspender o processo a partir da entrega das propostas pelas empresas concorrentes do certame até que haja uma decisão final do órgão, o município ainda elabora defesa contra ação civil pública do Ministério Público estadual, que pede anulação do processo.
Na sessão, membros da comissão de licitação receberam os envelopes e o credenciamento dos interessados na administração do Mercado Público, cujo edital determina 25 anos de concessão. De acordo com a Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas (SMPE), a Prefeitura tem até segunda-feira para responder os questionamentos do MP.
Investimentos
O secretário Thiago Ribeiro explica que os investimentos em infraestrutura devem chegar a R$ 40 milhões. "Fomos surpreendidos com manifestação do TCE no fim de semana. Em paralelo, o MP entrou com ação judicial pedindo anulação do processo, alegando uma série de coisas que o TCE já rebateu", destaca.
Ribeiro explica que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tem “entendimento firme” de que não há necessidade de uma lei específica para dar continuidade ao processo. "Recebemos os envelopes, mas não podemos proceder abertura para avaliar os candidatos. Vamos aguardar decisão da Justiça, mas estamos bem tranquilos em relação a isso", destaca. Conforme Ribeiro, a PGM avalia que as alegações do MP são “frágeis” e podem ser rebatidas. "Nas próximas semanas vamos ter manifestações positivas, seja do TCE ou da Justiça comum, para destravar esse processo", afirma.
Depois de analisar os documentos das empresas interessadas e avaliar qual a melhor proposta, a Prefeitura deverá decidir quem irá administrar o local por 25 anos. "Esses processos costumam levar de 2 a 3 meses, pois existem muitos recursos e uma complexidade de documentos para análise. Se não tiver maiores empecilhos da Justiça, conseguimos assinar o contrato em outubro. É uma perspectiva razoável", completa.
O secretário avalia como positiva a participação de dois interessados, mesmo com oposição de permissionários. "Tínhamos receio de que o trabalho negativo pudesse influenciar, mas isso mostra que nosso projeto é sólido", observa.
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