por Abrahão Finkelstein - Primeira parte
A armadilha é mortal e nós estamos presos nela. O aparato estatal tornou-se um fim em sí mesmo que foi aos poucos, e aos muitos, corrompendo, alterando e capturando as funções do Estado, servindo-se dele em benefício próprio.
A força de trabalho da nação - acuada e extorquida pela pilhagem dos que ostentam mandatos, cargos, funções, sinecuras, direitos adquiridos, foro privilegiado, altos salários, gratificações, estabilidade, aposentadorias até após a morte - geme e sangra. Às vezes vai às ruas e protesta.
O imoral e escandaloso assalto aos cofres públicos, perpetrado pelos verdadeiros donos do país cuja filosofia de vida é "Mateus Primeiro os Meus", faz beiçinho e ameaça não brincar mais se forem contrariados. Eles têm o poder de parar o país, trancar projétos, desprezar urgências e mitigar necessidades. Com eles é assim: Ou dá, ou desce.
Debruçados sobre o cadáver insepulto de nossas expectativas, fazemos o que podemos. Produzimos artigos, nos mobilizamos nas redes sociais, protestamos e sonhamos em viver novamente num país normal. Mas como? se a armadilha foi construida para ser indestrutivel? Pois é desse material - democracia - que ela foi feita passo a passo, com aplicação e zelo.
As corporações, incansáveis na busca de mais e mais benefícios para sí próprios, agem sem constrangimento junto aos poderes da República. Nem o presidente pode fazer algo pois está preso nessa armadilha como todos nós. Muitos de nossos representantes se julgam donos do mandato que o povo lhes conferiu. Eleitos, representam agora a sí mesmos. Nos traem diariamente em benefício do partido ou deles próprios.
Então, metaforicamente, temos algo parecido com um grande bolo de noiva, cuja massa bem socada, é um povo que luta, luta e não chega nunca, cozido em fogo lento, e depois enfeitado com marron glace na parte superior para os mais iguais e com açucar mascavo na de baixo, servido aos pagadores de impostos, cidadãos de segunda classe que sustentam essa gigantesca cornucopia de privilegios do andar superior.
Tudo muito democrático, tudo muito sórdido, tudo muito canalha e tudo muito difícil de engolir.
Como sair desta?*
Pontocritico.com
A armadilha é mortal e nós estamos presos nela. O aparato estatal tornou-se um fim em sí mesmo que foi aos poucos, e aos muitos, corrompendo, alterando e capturando as funções do Estado, servindo-se dele em benefício próprio.
A força de trabalho da nação - acuada e extorquida pela pilhagem dos que ostentam mandatos, cargos, funções, sinecuras, direitos adquiridos, foro privilegiado, altos salários, gratificações, estabilidade, aposentadorias até após a morte - geme e sangra. Às vezes vai às ruas e protesta.
O imoral e escandaloso assalto aos cofres públicos, perpetrado pelos verdadeiros donos do país cuja filosofia de vida é "Mateus Primeiro os Meus", faz beiçinho e ameaça não brincar mais se forem contrariados. Eles têm o poder de parar o país, trancar projétos, desprezar urgências e mitigar necessidades. Com eles é assim: Ou dá, ou desce.
Debruçados sobre o cadáver insepulto de nossas expectativas, fazemos o que podemos. Produzimos artigos, nos mobilizamos nas redes sociais, protestamos e sonhamos em viver novamente num país normal. Mas como? se a armadilha foi construida para ser indestrutivel? Pois é desse material - democracia - que ela foi feita passo a passo, com aplicação e zelo.
As corporações, incansáveis na busca de mais e mais benefícios para sí próprios, agem sem constrangimento junto aos poderes da República. Nem o presidente pode fazer algo pois está preso nessa armadilha como todos nós. Muitos de nossos representantes se julgam donos do mandato que o povo lhes conferiu. Eleitos, representam agora a sí mesmos. Nos traem diariamente em benefício do partido ou deles próprios.
Então, metaforicamente, temos algo parecido com um grande bolo de noiva, cuja massa bem socada, é um povo que luta, luta e não chega nunca, cozido em fogo lento, e depois enfeitado com marron glace na parte superior para os mais iguais e com açucar mascavo na de baixo, servido aos pagadores de impostos, cidadãos de segunda classe que sustentam essa gigantesca cornucopia de privilegios do andar superior.
Tudo muito democrático, tudo muito sórdido, tudo muito canalha e tudo muito difícil de engolir.
Como sair desta?*
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