A política brasileira - perdoem-me aristotélicos, tomistas e afins – jamais foi virtude, ciência e arte do bem comum. Ao contrário: caminho fácil, seguro, para alguém se dar bem a viver sem trabalhar, sem qualquer compromisso com a ética, os bons costumes, a altivez moral. No Brasil, política e crime são xifópagos.
Há exceções? Sempre as há. Mas, para que servem exceções no Brasil? Os profissionais da política têm na lábia o sortilégio, a magia malfeitora e o encanto canalha no eleitorado com nenhuma consciência crítica, educação desqualificada, miseráveis necessidades materiais. Têm, também, no Judiciário, condescendência e abrigo para a prescrição de seus crimes.
Em 2018, 57,8 milhões de brasileiros votaram para desmontar a gangue que assaltou o dinheiro do povo, bandidos acoitados na megaquadrilha do PT, MDB, PP, PC do B e acólitos, além de infiltrados no Executivo e no Judiciário, tribunais aparelhados. O candidato contra o sistema não sugeria estadista polido com peroba acadêmica. Mas prometia não roubar nem deixar que roubassem o Erário. Furto, na caserna verde-oliva, escola do ex-capitão, é crime intolerável, sabem todos os que passaram pelo EB. O PT elegeu Jair Bolsonaro presidente da República.
Desmontar um estado corrupto não é tarefa para único homem. Então, surgiu no céu da Pátria nesse instante o fator Flávio Bolsonaro. O pai disse, mas não cumpriu: o filho pagaria pelo que fez, como assim tem de ser. Rodrigo Maia, David Alcolumbre e Dias Toffoli saíram das tocas para roer o pai transtornado com o “rachid” ou “rachadinha”, prática introduzida na República pelo PT com disfarce estatutário. No ano seguinte, o coronavírus. Era tudo que faltava para a rataria da Praça dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal escancarou de vez a índole prepotente: reviveu a censura da ditadura; instaurou inquérito inconcebível por um rábula - não há lei anterior que defina o crime?, arruma-se: o regimento do STF que, na leitura de Dias Toffoli, com seu pavoroso dessaber jurídico, transforma cada ministro em território, dependência do lote urbano da Corte; só pode ser piada de primeiranista de Direito -; imiscuiu-se em ato privativo do Executivo na nomeação na Polícia Federal; impediu a expulsão de diplomatas de ditadura não reconhecida pelo Brasil; tornou pública, casuisticamente, reunião ministerial, esfacelou a federação ao atribuir a governadores mandos e desmandos de suseranos, que a Constituição Federal não prevê. Que tipo de desvario se apossou do STF? O diabo talvez saiba. Resultado: não apenas os mortos, as responsabilidades políticas e administrativas estão sendo jogadas nos caixões com os cadáveres. O Estado brasileiro é abominável aberração sem precedentes nas democracias civilizadas.
A mídia ressentida com o corte do faturamento empresarial e da grana para “conferencistas midiáticos” saltou para as pautas mórbidas, necrófilas, sinistras, lúgubres. Se um passarinho fizer cocô sobre o prédio do STF, é possível instaurar inquérito frankstein contra o agressor ornitológico das divindades togadas e o Jornal Nacional rotulará como “ato inconstitucional e ilegal”, eco nas notas enfadonhas do quarteto medíocre: presidentes do STF, Senado, Câmara, OAB. O constitucionalismo de bordel envergonha as legendárias arcadas do Largo de São Francisco, da USP, em Sampa, onde Toffoli estudou. Largo por largo, viva o da Trindade, em Belém: contemporâneos meus esplendem em saber da Ciência Jurídica. Desde quando é crime expressar opinião em textos ou cartazes sobre o que o cidadão considera errado? O que é inconstitucional, exibir cartaz pedinte da extinção do STF ou a sessão do Senado, presidido pelo presidente do mesmo STF, que rasgou texto linear da Carta Magna no tristemente inolvidável julgamento político do impeachment da criminosa Dilma Rousseff? Qual o nexo entre o descontrole verbal do ex-ministro Abraham Weintraub e o inquérito das "fake news"? Quem se surpreenderá se, a qualquer momento, um Tomás de Torquemada togado boiar no Lago Paranoá? Politizada a peste, os cadáveres se tornaram troféus da mídia articulada para derrubar o presidente da República. À conspirata aderiram as mesmas presidências: do STF, da Câmara, do Senado Federal e da petista OAB. No fundo e na superfície, tudo se resume na grana do povo para a patifaria parlamentar, para o ativismo usurário do funcionalismo federal bem pago, para a lagosta e os vinhos caros dos ministros do STF, criaturas regidas por leis vigentes fora do sistema solar.
José Maria Leal Paes, Bacharel em Direito, jornalista, escritor, poeta
Pontocritico.com
Há exceções? Sempre as há. Mas, para que servem exceções no Brasil? Os profissionais da política têm na lábia o sortilégio, a magia malfeitora e o encanto canalha no eleitorado com nenhuma consciência crítica, educação desqualificada, miseráveis necessidades materiais. Têm, também, no Judiciário, condescendência e abrigo para a prescrição de seus crimes.
Em 2018, 57,8 milhões de brasileiros votaram para desmontar a gangue que assaltou o dinheiro do povo, bandidos acoitados na megaquadrilha do PT, MDB, PP, PC do B e acólitos, além de infiltrados no Executivo e no Judiciário, tribunais aparelhados. O candidato contra o sistema não sugeria estadista polido com peroba acadêmica. Mas prometia não roubar nem deixar que roubassem o Erário. Furto, na caserna verde-oliva, escola do ex-capitão, é crime intolerável, sabem todos os que passaram pelo EB. O PT elegeu Jair Bolsonaro presidente da República.
Desmontar um estado corrupto não é tarefa para único homem. Então, surgiu no céu da Pátria nesse instante o fator Flávio Bolsonaro. O pai disse, mas não cumpriu: o filho pagaria pelo que fez, como assim tem de ser. Rodrigo Maia, David Alcolumbre e Dias Toffoli saíram das tocas para roer o pai transtornado com o “rachid” ou “rachadinha”, prática introduzida na República pelo PT com disfarce estatutário. No ano seguinte, o coronavírus. Era tudo que faltava para a rataria da Praça dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal escancarou de vez a índole prepotente: reviveu a censura da ditadura; instaurou inquérito inconcebível por um rábula - não há lei anterior que defina o crime?, arruma-se: o regimento do STF que, na leitura de Dias Toffoli, com seu pavoroso dessaber jurídico, transforma cada ministro em território, dependência do lote urbano da Corte; só pode ser piada de primeiranista de Direito -; imiscuiu-se em ato privativo do Executivo na nomeação na Polícia Federal; impediu a expulsão de diplomatas de ditadura não reconhecida pelo Brasil; tornou pública, casuisticamente, reunião ministerial, esfacelou a federação ao atribuir a governadores mandos e desmandos de suseranos, que a Constituição Federal não prevê. Que tipo de desvario se apossou do STF? O diabo talvez saiba. Resultado: não apenas os mortos, as responsabilidades políticas e administrativas estão sendo jogadas nos caixões com os cadáveres. O Estado brasileiro é abominável aberração sem precedentes nas democracias civilizadas.
A mídia ressentida com o corte do faturamento empresarial e da grana para “conferencistas midiáticos” saltou para as pautas mórbidas, necrófilas, sinistras, lúgubres. Se um passarinho fizer cocô sobre o prédio do STF, é possível instaurar inquérito frankstein contra o agressor ornitológico das divindades togadas e o Jornal Nacional rotulará como “ato inconstitucional e ilegal”, eco nas notas enfadonhas do quarteto medíocre: presidentes do STF, Senado, Câmara, OAB. O constitucionalismo de bordel envergonha as legendárias arcadas do Largo de São Francisco, da USP, em Sampa, onde Toffoli estudou. Largo por largo, viva o da Trindade, em Belém: contemporâneos meus esplendem em saber da Ciência Jurídica. Desde quando é crime expressar opinião em textos ou cartazes sobre o que o cidadão considera errado? O que é inconstitucional, exibir cartaz pedinte da extinção do STF ou a sessão do Senado, presidido pelo presidente do mesmo STF, que rasgou texto linear da Carta Magna no tristemente inolvidável julgamento político do impeachment da criminosa Dilma Rousseff? Qual o nexo entre o descontrole verbal do ex-ministro Abraham Weintraub e o inquérito das "fake news"? Quem se surpreenderá se, a qualquer momento, um Tomás de Torquemada togado boiar no Lago Paranoá? Politizada a peste, os cadáveres se tornaram troféus da mídia articulada para derrubar o presidente da República. À conspirata aderiram as mesmas presidências: do STF, da Câmara, do Senado Federal e da petista OAB. No fundo e na superfície, tudo se resume na grana do povo para a patifaria parlamentar, para o ativismo usurário do funcionalismo federal bem pago, para a lagosta e os vinhos caros dos ministros do STF, criaturas regidas por leis vigentes fora do sistema solar.
José Maria Leal Paes, Bacharel em Direito, jornalista, escritor, poeta
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