Na semana anterior, 8,3 milhões estavam nesta situação, enquanto na mesma semana de maio o contingente era de 16,6 milhões
O número de brasileiros afastados do trabalho por pandemia caiu para sete milhões na semana de 5 a 11 de julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na semana anterior, 8,3 milhões estavam nesta situação (10,1% da população ocupada), enquanto na semana de 3 a 9 de maio o contingente era de 16,6 milhões (19,8%).
A população desocupada foi estimada em 12,2 milhões de pessoas, estável frente à semana anterior (11,5 milhões), mas cresceu em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). O levantamento mostra que 19,2 milhões de brasileiros não procuraram emprego durante a semana por causa da pandemia de coronavírus ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Depois de uma queda em junho (17,3 milhões), esse grupo voltou ao patamar do início de maio (19,1 milhões).
A taxa de ocupação ficou em 81,1 milhões, o que significa que menos da metade da população (47,6%) estava trabalhando na segunda semana de julho. Já a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,0%, atingindo 27,6 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.
A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 76,9 milhões de pessoas, estável em relação à semana anterior (76,8 milhões) e frente à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, cerca de 28,3 milhões de pessoas (ou 36,7% da população fora da força de trabalho) disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (28,7 milhões ou 37,4%) e aumentou frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).
Cerca de 19,2 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 68,0% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. Esse contingente permaneceu estável em relação à semana anterior (19,4 milhões ou 67,4%) e em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).
Três milhões de pessoas com sintomas de síndrome gripal procuraram estabelecimento de saúde
Na semana de 5 a 11 de julho, a PNAD COVID19 estimou que 13,9 milhões de pessoas (ou 6,6% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (14,3 milhões ou 6,8% da população) e caiu em relação à de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).
Cerca de 3,0 milhões de pessoas (ou 21,5% daqueles que apresentaram algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado). Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (3,1 milhões ou 21,5%) e teve queda em números absolutos (mas aumento em termos percentuais) frente à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Mais de 84% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.
R7 e Correio do Povo
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