Presidente Simone Leite destacou que Distanciamento Controlado não está tendo o efeito desejado
A presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite, concedeu entrevista ao programa Rio Grande no Ar, da Record TV RS, e defendeu a liberação dos jogos da dupla Gre-Nal em Porto Alegre e a flexibilização das atividades econômicas no Estado. A dirigente da entidade empresarial destacou que o sistema de bandeiras do Distanciamento Controlado não está funcionando e que é perceptível o aumento da desobediência civil.
“O pessoal do futebol está na expectativa de voltar a jogar e nós de voltar a trabalhar. É importante que se diga que o governo está tolhendo o nosso direito de trabalhar, ir e vir e de prover o sustento de nossas famílias. Assim como o futebol é uma atividade empresarial, pois muitas pessoas dependem da renda desta atividade, as pessoas de forma geral, trabalhadores e empreendedores, precisam voltar a trabalhar”, ressaltou.
Simone Leite entende que é um risco ainda maior “deslocar toda a estrutura (da dupla Gre-Nal) para outros estádios, no momento que os clubes têm as condições de realizar os jogos, cumprindo todos os protocolos”. “Precisamos ter mais bom senso e equilíbrio. Por óbvio, as pessoas estão vivenciando a situação da Covid-19. Há o medo de não contaminar a si, aos familiares e os colegas de trabalho. A responsabilidade é fundamental. Tanto por parte da população, mas, especialmente, por parte dos gestores públicos que tomam decisões equivocadas. Defendemos a volta do futebol e das atividades produtivas”, destacou.
A presidente da Federasul lamentou ainda que o diálogo “já foi mais efetivo” com os gestores públicos. “O que ocorre é que na sexta-feira o Rio Grande do Sul fica pintado de vermelho (devido ao sistema de Distanciamento Social do governo do Estado), todos correm para provar durante o final de semana que os números estão equivocados para que haja a flexibilização e o retorno para a bandeira laranja na segunda-feira. Esse é o debate que acontece. Tivemos a oportunidade de sentar com o governador Eduardo Leite, mas os nossos pedidos acabam não sendo atingidos. Precisamos urgentemente flexibilizar os decretos para que as pessoas possam trabalhar”, afirmou.
Simone Leite ressaltou ainda que a proibição de funcionamento das atividades econômicas amplia a crise econômica do Estado e municípios e obriga as pessoas a trabalharem na informalidade. “No momento que tolhemos as liberdades individuais, há uma desobediência civil. O que estamos vemos em Porto Alegre e em algumas cidades da região metropolitana é, de fato, a desobediência civil. Não está surtindo o efeito desejado pelos gestores públicos e estamos vivenciando a maior crise econômica do Rio Grande do Sul", completou.Correio do Povo r Record TV RS
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