Por Percival Puggina
Pois aconteceu. Numa infeliz combinação de desacertos, as orientações iniciais referentes à covid-19 transformaram os estados sulinos nas grandes vítimas da política e do jornalismo militante. Este último, ao adotar a mesma orientação geral em suas ações desde a proclamação do resultado da eleição de 2018, apoiou com severidade a irracional paralisação das atividades. Afinal, se o presidente, preocupado com a recessão e o desemprego, era contra a indiscriminada quarentena nacional, impunha-se fazer soar cotidianamente contra ele as trombetas de Jericó da mídia militante.
Para reforçar a crise, assim que o vírus chegou ao Brasil, começaram aquelas reuniões vespertinas com o Dr. Mandetta. Simpático, falastrão, bom comunicador, louvado pela mídia e em rota de colisão com o presidente da República, o ministro da Saúde era tudo de que o noticiário precisava. O Dr. Mandetta dizia que era para não usar máscara. Depois, que era para usar máscara. Seguiam-se lições sobre distanciamento. Conselhos eram dados para só procurar o hospital quem sentisse falta de ar ou febre. Tratamento precoce parecia fora de qualquer cogitação. Em seguida, sobreveio o fechamento de shoppings, escolas, comércio de rua, e uma lista infinita de atividades sentenciadas à míngua. Tudo por “quinze dias” que duraram meses. Se o vírus estava em multiplicação em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Nordeste e no Norte do país, aqui no Sul nem havia chegado. Mas a ordem era parar tudo e ai de quem mostrasse um pouco de bom senso!
O conhecido médico gaúcho Dr. Júlio Pereira Lima, em recente artigo, afirma a esse respeito:
Entre 15/3 e 31/5, os médicos assistiram à maior epidemia de saúde de nossa história. Hospitais vazios, UTIs vazias, ambulatórios despovoados.
A bem descrita cena, que por circunstâncias particulares acompanhei de perto, atesta insensibilidade e irracionalidade. A economia do Rio Grande do Sul foi gravemente ferida. Se você considerar que no intervalo de datas acima os três estados sulinos atrelaram-se desnecessariamente à quarentena nacional, não há como não se indignar com o monstruoso prejuízo causado à sua população, suas empresas e suas economias. E o fizeram desnecessariamente, induzidos por políticos e pelo jornalismo militante. Cirurgias não emergenciais adiadas, consultas postergadas, exames cancelados. Moléstias variadas se expandindo, escondidas de um vírus que não estava aqui. E uma crise descomunal, que afetava tanto a lojinha de capa de celular quanto o grande hospital privado, forçados a despedirem funcionários por prolongada falta de demanda.
Agora, chegado o inverno, tempo de hospitais, emergências e UTIs habitualmente lotados, o novo coronavírus chegou à região. E a recomendação, depois de meses com atividades suspensas, sem qualquer pedido de desculpas – sem sequer um Oops! Erramos... – é manter as portas fechadas. E não falar mais no que ficou para trás.
Pontocritico.com
Pois aconteceu. Numa infeliz combinação de desacertos, as orientações iniciais referentes à covid-19 transformaram os estados sulinos nas grandes vítimas da política e do jornalismo militante. Este último, ao adotar a mesma orientação geral em suas ações desde a proclamação do resultado da eleição de 2018, apoiou com severidade a irracional paralisação das atividades. Afinal, se o presidente, preocupado com a recessão e o desemprego, era contra a indiscriminada quarentena nacional, impunha-se fazer soar cotidianamente contra ele as trombetas de Jericó da mídia militante.
Para reforçar a crise, assim que o vírus chegou ao Brasil, começaram aquelas reuniões vespertinas com o Dr. Mandetta. Simpático, falastrão, bom comunicador, louvado pela mídia e em rota de colisão com o presidente da República, o ministro da Saúde era tudo de que o noticiário precisava. O Dr. Mandetta dizia que era para não usar máscara. Depois, que era para usar máscara. Seguiam-se lições sobre distanciamento. Conselhos eram dados para só procurar o hospital quem sentisse falta de ar ou febre. Tratamento precoce parecia fora de qualquer cogitação. Em seguida, sobreveio o fechamento de shoppings, escolas, comércio de rua, e uma lista infinita de atividades sentenciadas à míngua. Tudo por “quinze dias” que duraram meses. Se o vírus estava em multiplicação em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Nordeste e no Norte do país, aqui no Sul nem havia chegado. Mas a ordem era parar tudo e ai de quem mostrasse um pouco de bom senso!
O conhecido médico gaúcho Dr. Júlio Pereira Lima, em recente artigo, afirma a esse respeito:
Entre 15/3 e 31/5, os médicos assistiram à maior epidemia de saúde de nossa história. Hospitais vazios, UTIs vazias, ambulatórios despovoados.
A bem descrita cena, que por circunstâncias particulares acompanhei de perto, atesta insensibilidade e irracionalidade. A economia do Rio Grande do Sul foi gravemente ferida. Se você considerar que no intervalo de datas acima os três estados sulinos atrelaram-se desnecessariamente à quarentena nacional, não há como não se indignar com o monstruoso prejuízo causado à sua população, suas empresas e suas economias. E o fizeram desnecessariamente, induzidos por políticos e pelo jornalismo militante. Cirurgias não emergenciais adiadas, consultas postergadas, exames cancelados. Moléstias variadas se expandindo, escondidas de um vírus que não estava aqui. E uma crise descomunal, que afetava tanto a lojinha de capa de celular quanto o grande hospital privado, forçados a despedirem funcionários por prolongada falta de demanda.
Agora, chegado o inverno, tempo de hospitais, emergências e UTIs habitualmente lotados, o novo coronavírus chegou à região. E a recomendação, depois de meses com atividades suspensas, sem qualquer pedido de desculpas – sem sequer um Oops! Erramos... – é manter as portas fechadas. E não falar mais no que ficou para trás.
Pontocritico.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário