quinta-feira, 9 de julho de 2020

A INFORMALIDADE E A PREVIDÊNCIA



DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
No último domingo à noite, na entrevista que o ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu à CNN, ele repetiu, pela enésima vez e com toda a razão, que sem uma forte desoneração da Folha de Pagamento das empresas é IMPOSSÍVEL a diminuição da INFORMALIDADE. 

40 MILHÕES DE INFORMAIS
Guedes foi mais além ao lembrar que este enorme contingente de INFORMAIS, que hoje está em torno de 40 milhões de pessoas, ou 41% da força total de trabalho, não contribui com a PREVIDÊNCIA SOCIAL. Entretanto, ao atingir a idade de 65 anos (homens) e 60 (mulheres) todos, inevitavelmente, passarão a ter direito de receber um salário mínimo, como manda a tão elogiada (?) REFORMA DA PREVIDÊNCIA.

NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Ora, não é preciso ser um gênio da matemática para entender que daqui a uma década, aproximadamente, se nada for feito no sentido de DESONERAR A FOLHA DE PAGAMENTO, coisa que poderia estimular o EMPREGO FORMAL, o nosso empobrecido Brasil estará diante da necessidade de promover uma NOVA REFORMA PREVIDENCIÁRIA.

CONTA SIMPLES
Mais: fazendo uma conta simples e rasteira, imaginando que 50% dos atuais INFORMAIS (20 milhões de pessoas)  atinjam a IDADE MÍNIMA entre 2030/2040, o TESOURO NACIONAL vai precisar arcar, MENSALMENTE, em valores do SALÁRIO MÍNIMO atual (R$ 1.045,00), com R$ 20,9 BILHÕES. De novo: isto, considerando que a metade dos atuais INFORMAIS atinjam a IDADE MÍNIMA. 

ASSISTÊNCIA SOCIAL
Mais do que nunca é preciso que fique bem claro que PREVIDÊNCIA SOCIAL, para que seja SUSTENTADA, exige um plano de CONTRIBUIÇÕES baseado em CÁLCULO ATUARIAL, para que cada cidadão receba, mensalmente, aquilo que foi contratado. Já aqueles que NÃO CONTRIBUEM, cujo contingente tende a aumentar se não houver a DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO, serão atendidos pela ASSISTÊNCIA SOCIAL. 

ROMBO IMPAGÁVEL
Pois, considerando que o número de INFORMAIS se aproxima rapidamente de 50% da população economicamente ATIVA, dentro de pouco tempo teremos MENOS APOSENTADOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL -OFICIAL- e MAIS INFORMAIS ATENDIDOS PELA ASSISTÊNCIA SOCIAL, o que contribuirá, de forma impressionante, com um IMPAGÁVEL ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS. 


Pontocritico.com

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