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Após 36 anos, 'Chaves' deixa de ser exibido no SBT – e no Brasil

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Após 36 anos, 'Chaves' deixa de ser exibido no SBT – e no Brasil
Segundo o SBT, a Televisa, que tem direito sobre as gravações, informou ao canal brasileiro que há 'um problema pendente a ser resolvido com o titular dos direitos das histórias'. Segundo o colunista Flávio Ricco, do 'R7', o filho de Roberto Gomes Bolaños, criador de 'Chaves' e 'Chapolin', trava uma disputa com a emissora mexicana.
Foto via @ppacheco1

Estados Unidos contratam Sanofi e GSK para produção de 100 milhões de doses de vacina

Dos 2,1 bilhões de dólares disponibilizados pelo governo norte-americano, mais da metade vai financiar o desenvolvimento da vacina.

Acordo está firmado

Os Estados Unidos fecharam um acordo de 2,1 bilhões de dólares com as farmacêuticas Sanofi e GlaxoSmithKline (GSK) para a produção de 100 milhões de doses de uma futura vacina contra a Covid-19, de acordo com comunicado divulgado nesta sexta-feira. Do montante disponibilizado pelo governo norte-americano, mais da metade vai financiar o desenvolvimento da vacina.
O restante equivale ao fornecimento das doses. Pelos cálculos das farmacêuticas, as fases 1 e 2 devem acontecer em setembro deste ano, e a fase 3, até o final de 2020. Se os dados forem positivos, a aprovação regulatória pode ser solicitada na primeira metade de 2021.
Sanofi e GSK informaram ainda que pretendem ampliar gradativamente a capacidade de produção do antígeno e oferecer até um bilhão de doses por ano globalmente, caso os estudos se mostrem eficazes.
"A necessidade global de uma vacina para ajudar a prevenir a covid-19 é enorme, e nenhuma vacina ou empresa será capaz de atender sozinha a demanda global", diz Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi, no comunicado. Recentemente, os EUA fecharam um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para entrega de outras 100 milhões de doses de uma futura vacina contra o novo coronavírus.
Agência Estado e Correio do Povo

Novas vagas de emprego em Porto Alegre - 31.07.2020

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Falta de consenso atrasa escolha de diretor-geral interino da OMC

Membros devem designar um dos quatro diretores adjuntos, mas EUA pressionam pela escolha de Alan Wolff, seu representante

Futuro diretor da OMC deverá preparar a conferência ministerial prevista para 2021

Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) não conseguiram chegar a um acordo para nomear um diretor-geral interino antes de indicar o sucessor do brasileiro Roberto Azevêdo - anunciou a instituição nesta sexta-feira. "Não há consenso", disse o porta-voz de la OMC, Keith Rockwell, referindo-se à nomeação como interino de um dos quatro diretores adjuntos da organização, e acrescentou que o atual diretor da organização estava "decepcionado".
Os membros da instituição deveriam designar um dos quatro diretores adjuntos da organização como interino mas, segundo uma fonte diplomática, o governo dos Estados Unidos exige a nomeação do diretor adjunto de nacionalidade americana, Alan Wolff.
Rockwell, que se negou a "especular" sobre as causas deste fracasso, admitiu que "a questão da nacionalidade" era um dos fatores levantados, assim como a "experiência". "O comércio é uma questão altamente política", declarou ele, enfatizando que a ausência de um diretor interino não é importante.
Além disso, pode gerar alguns "problemas espinhosos" legalmente, reconheceu, observando que se tratava de um período de "dois a três meses".
O processo de designação do sucessor de Azevêdo - oito candidatos estão em disputa - deve começar em setembro e pode se estender até novembro. "A frustração vem do fato de que não se encontrou um consenso, por se tratar de um processo estritamente administrativo", lamentou Rockwell.
Roberto Azevêdo anunciou no final de maio que deixaria suas funções no final de agosto, um ano antes do final de de seu mandato, alegando "motivos familiares". Após sua saída, um dos quatro diretores adjuntos da OMC - um americano, um alemão, um nigeriano e um chinês - deveria liderar a organização até que a nomeação do novo diretor-geral.
O alemão Karl Brauner era o favorito da maioria dos membros. Mas, segundo a fonte diplomática, os americanos "politizaram" o assunto e exigiram a nomeação de seu compatriota. "Essa noção segundo a qual os Estados Unidos criam um bloqueio é falsa", declarou, sob anonimato, um diplomata de alto escalão na noite desta quinta-feira.
Os Estados Unidos ameaçam abandonar a OMC, da qual exige uma reforma. O tribunal de apelação de seu órgão de solução de conflitos está paralisado desde dezembro.
Em plena crise econômica global devido à pandemia da Covic-19, o futuro diretor da OMC deverá preparar a conferência ministerial prevista para 2021, promover negociações paralisadas e resolver os conflitos entre a organização e os Estados Unidos.
AFP e Correio do Povo

Lava Jato Rio pede que STF reconsidere compartilhamento de dados com PGR

Procuradores afirmam que medida tem por efeito "aniquilar o princípio da independência funcional" do Ministério Público

O compartilhamento de informações sigilosas das forças-tarefa está no centro de crise

A força-tarefa da Lava Jato no Rio requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reconsidere a decisão que autorizou o compartilhamento de "todas as bases de dados utilizadas e obtidas nas investigações" do grupo fluminense com a Procuradoria-Geral da República. Os procuradores afirmam que a reclamação da PGR, que solicitou os dados sigilosos das investigações, e a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, de autorizar o compartilhamento dos dados, têm por efeito "aniquilar o princípio da independência funcional" do Ministério Público.
"A esfera de proteção garantida pela independência funcional, longe de constituir privilégio a seus detentores, representa, mecanismo de freio e contrapeso a possíveis influências políticas de Procuradores-Gerais indicados livremente pelo Chefe do Executivo. Tal modelo, que até os dias de hoje prevaleceu, resultou num Ministério Público independente, pujante e que é exemplo para outros Ministérios Públicos mundo afora", registra o documento.
Na primeira página da petição enviada ao Supremo, antes mesmo da apresentação do conteúdo do documento, os procuradores registraram um trecho de um voto do ministro Celso de Mello, com grifo da seguinte frase: "é preciso velar pela dignidade institucional do Ministério Público e impedir que Procuradores-Gerais, despojados da consciência que lhes impõe o momento histórico que vive a Instituição, venham, por razões menores ou pela desprezível vontade de agir servilmente, a degradá-la, convertendo-a, desse modo, em inaceitável instrumento de pretensões contestáveis."
Além disso, com relação ao grupo fluminense, os procuradores afirmam que a medida é na verdade uma "fishing expedition" - "sem qualquer base fática a autorizar a medida, faz-se pedido e analisa-se depois o material apreendido à procura de supostas ilegalidades".
O compartilhamento de informações sigilosas das forças-tarefa está no centro de crise entre procuradores e a cúpula da PGR. O estopim foi uma diligência da subprocuradora Lindôra Maria Araújo, nome de confiança de Aras, para busca de informações da operação em Curitiba.
No início do mês, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, determinou às forças-tarefa que apresentem dados e informações da operação à Procuradoria-Geral da República. Foi em razão de tal decisão que os procuradores do Rio apresentaram as informações e pedido de reconsideração ao Supremo.
No documento, a força-tarefa fluminense alega que não é possível concluir que, do princípio da unidade do MPF, "deriva um dever indistinto de compartilhamento da prova entre membros e órgãos do Ministério Público Federal sem autorização judicial específica para tanto".
"A chefia do Ministério Público não se confunde com hierarquia sobre as investigações, decisões e atos de seus membros", destacam os procuradores.
Além do pedido de reconsideração integral da decisão quanto às informações da força-tarefa fluminense, os procuradores requereram subsidiariamente que os dados, uma vez compartilhados com a Procuradoria-Geral da República, permaneçam lacrados até que o Plenário da Corte referente ou revogue a decisão monocrática de Toffoli.
Agência Estado e Correio do Povo

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Dnit libera trecho duplicado da BR 116 nos municípios de Sentinela do Sul e Tapes

Com outros 83,7 quilômetros liberados desde agosto do ano passado, são 92,4 quilômetros já abertos ao tráfego

A obra beneficia diretamente 12 municípios da região Sul do Estado

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) libera, nesta sexta-feira, mais 8,7 quilômetros de pista duplicada da BR 116, nos municípios de Sentinela do Sul e Tapes. Outros 83,7 quilômetros já foram abertos ao tráfego desde agosto do ano passado.
A duplicação da BR 116, entre Guaíba e Pelotas, possui 211,2 quilômetros e está dividida em nove lotes construtivos. O trecho, localizado entre o km 351 e km 360, integra o lote 3 do empreendimento e será o sexto segmento a entrar em operação em 2020. A expectativa do Dnit é concluir toda a duplicação até o final de 2021.
“As obras de duplicação da BR 116 têm grande importância, pois a rodovia é a principal via de acesso ao Sul do Estado e ao Porto de Rio Grande, sendo considerada corredor de escoamento de produção entre o Brasil e o Mercosul”, destacou o diretor geral do Dnit, general Santos Filho.
A obra beneficia diretamente 12 municípios da região Sul do Estado e já há trechos em operação nas cidades de Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Turuçu, Cristal, Barra do Ribeiro, Tapes e Sentinela do Sul. Os usuários da rodovia passarão a contar também com melhorias como travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, viadutos, passarelas e pontes.
Correio do Povo

Comitê de urgência da OMS se reúne para avaliar pandemia

Organização tem sido criticada pelas recomendações tardias, ou contraditórias

Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne nesta sexta-feira (31), para avaliar a situação da pandemia da Covid-19

Seis meses depois de decretar a emergência mundial, o Comitê de Urgência da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne nesta sexta-feira (31), pela quarta vez para avaliar a situação da pandemia da Covid-19, que continua se espalhando de maneira preocupante pelo mundo.
Formado por cerca de 20 membros e conselheiros, o Comitê pode propor novas recomendações, ou modificar algumas, mas a expectativa é que mantenha a emergência internacional.
Até agora, o coronavírus infectou mais de 17 milhões de pessoas e deixou mais de 660.000 mortos em todo mundo.
Quando a OMS declarou um alerta global, em 30 de janeiro, "havia menos de 100 casos fora da China e não havia mortos" fora deste país onde a pandemia surgiu no final de 2019, lembrou o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta semana, defendendo o balanço da instituição.
A OMS tem sido amplamente criticada por ter demorado a decretar o estado de emergência, após o informe sobre o coronavírus pela primeira vez na China.
Os Estados Unidos, que acusaram a organização de ser uma "marionete" da China e até de ter sido "comprada" por Pequim, iniciaram em julho sua retirada da instituição.
A OMS também tem sido criticada pelas recomendações consideradas tardias, ou contraditórias, sobretudo, no que diz respeito ao uso da máscara, ou às formas de transmissão do vírus.
"Nossa organização reagiu imediatamente. Mobilizamos todas as nossas forças para agir e informar", reiterou a responsável técnica da célula de gestão da pandemia, Maria Van Kerkhove, em entrevista coletiva na quinta-feira (30).
Ao seu lado, o dr. Michael Ryan, responsável por situações de emergência, admitiu, no entanto, ter sido "surpreendido" pela "lentidão" na reação de alguns países com sistemas de saúde considerados sólidos.

AFP e Correio do Povo

Bhaskara - História virtual



Astrônomo, cientista, matemático (1114-1185)

Mais conhecido por ajudar a estabelecer o sistema de numeração decimal, matemático indiano do século 12 Bhaskara também foi um astrônomo que escreveu sobre as posições planetárias e eclipses.
Bhaskara II – Vida


Bháskara

Bhaskara II é um famoso matemático da Índia antiga.

Ele nasceu em 1114 dC, na cidade de Bijapur, estado de Karnataka, na Índia.

Povos também conhecê-lo como Bhaskaracharya, que significa “Bhaskara o Professor“.


Seu nome era pai Mahesvara.

Por profissão ele era um astrólogo, que lhe ensinou matemática, que mais tarde passou para seu filho Loksamudra.

De muitas maneiras, Bhaskaracharya representa o pico do conhecimento matemático no século 12. Ele chegou a uma compreensão dos sistemas numéricos e resolução de equações, o que não era para ser alcançados na Europa durante vários séculos.

Bhaskara II tornou-se chefe do observatório astronômico em Ujjain, que foi o principal centro da matemática na Índia naquela época.

Ele também ficou com o crédito de Varahamihira e Brahmagupta, os grandes matemáticos que trabalhavam lá e construiram essa escola de astronomia e matemática.

Ele escreveu seis livros e mas um sétimo trabalho, que foi reivindicado por ele. É considerado por muitos historiadores ser uma falsificação que ele mais tarde se apoderou.

Os temas de seus seis livros são: geometria, trigonometria, cálculo, álgebra e aritmética astronomia.


As seis obras são Lilavati (The Beautiful) em matemática; Bijaganita (Extração Root) em álgebra; o Shiromani siddhanta que é dividido em duas partes: astronomia matemática e esfera; o Vasanabhasya de Mitaksara que é a opinião do Bhaskaracharya no Siddhantashiromani; o Karanakutuhala (Cálculo do astronómicas Wonders) ou Brahmatulya em que simplificou os conceitos de Siddhantashiromani; e o Vivarana que comenta o Shishyadhividdhidatantra de Lalla.

Do ponto de vista matemático, os três primeiros desses trabalhos são as mais interessantes.

Bhaskara II também escreveu Siddhanta Shiromani com a idade de 36 anos em 1150 AC.

Este trabalho colossal foi dividido em quatro categorias Goladhyaya, Ganitadhyaya, Lilavati e Bijaganita e é composto por cerca de 1.450 versos. Cada um e cada categorias do livro consigna de grande número de versos. Cada um deles pode ser considerado como um livro separado, Lilavati tem 278 versos, Bijaganita tem 213 versos, Ganitadhyaya tem 451 versos, e Goladhyaya tem 501 versos.

Ele formulou maneiras simples de cálculos de aritmética para Astronomia neste livro.

Ele escreveu Lilavatis uma excelente linguagem lúcida e poética.

Foi traduzido em várias línguas em todo o mundo.

Em Inglês, os múltiplos de 1000 são denominados como mil, milhões, bilhões, trilhões, quatrilhões etc.

Esses termos foram nomeados recentemente em Inglês, mas Bhaskaracharya deu os termos de números em múltiplos de dez, que são as seguintes:


Eka (1), Dasha (10), Shata (100), Sahastra (1000), Ayuta (10000), Laksha (100000), prayuta 1.000.000 (= milhões), Koti (107), arbuda (108), Abja (109 = bilhões), kharva (1010), nikharva (1011), mahapadma (1012 = trilhões), Shankh (1012), Jaladhi (1014), Antya (1015 = quatrilhões), Madhya (1016) e parardha (1017).


O Siddhanta siromani também gozava de grande popularidade.

Bhaskara II calculou a sombra equinocial em qualquer lugar e as novas correções para ser aplicado para o cálculo do tempo de nascer do sol.

Bhaskara também aceitou a precessão dos equinócios, através astrônomos posteriores permitiram teoria correta de Bhaskara para ser pervertida.

Tudo isso mostra além de qualquer dúvida que Bhaskara foi abençoado com um cérebro extremamente ativo.

As obras de Bhaskara têm servido como livros de referência em todos os cantos da Índia.

Ele morreu em 1185 em Ujjain, Índia.
Fórmula de Bháskara


Bháskara

O hábito de dar o nome de Bháskara para a fórmula de resolução da equação do segundo grau se estabeleceu no Brasil por volta de 1960.

Esse costume aparentemente só brasileiro (não se encontra o nome de Bhaskara para essa fórmula na literatura internacional), não é adequado pois:


Problemas que recaem numa equação do segundo grau já apareciam, há quase 4 mil anos, em textos escritos pelos babilônios. Nesses textos o que se tinha era uma receita (escrita em prosa, sem uso de símbolos) que ensina como proceder para determinar as raízes em exemplos concretos com coeficientes numéricos.

Até o fim do século XVI não se usava fórmula para obter raízes de uma equação do 2° grau, simplesmente porque não se representavam por letras os coeficientes de uma equação. Isso passou a ser feito a partir de François Viète, matemático francês que viveu de 1540

Bhaskara (1114 – 1185)

Bhaskara (também conhecido como Bhaskaracharya) que nasceu na Índia em 1114 e viveu até cerca de 1185 foi um dos mais importantes matemáticos do século XII.

As duas coleções de seus trabalhos mais conhecidos são Lilavati (A Bela) e Vijaganita (Extração de raízes), que tratam de aritmética e álgebra respectivamente, e contém numerosos problemas sobre equações lineares e quadráticas (resolvidas também com receitas em prosa), progressões aritméticas e geométricas, radicais, tríadas pitagóricas (ou ternas pitagóricas) e outros.

Logo, embora não se deva negar a importância e a riqueza da obra de Bhaskara, não é correto atribuir a ele a conhecida fórmula de resolução da equação do 2° grau.
História da Fórmula de Bhaskara

As referências mais antigas sobre a resolução de problemas envolvendo equações do segundo grau foram encontradas em textos babilónicos escritos há cerca de 4 000 anos atrás.

Embora os babilónios tivessem conseguido resolver muitos problemas matemáticos envolvendo equações quadráticas, cada problema era resolvido para aquele caso particular e sua solução era uma espécie de receita prática, que não especificava nem a sua fórmula geral (se houvesse), nem o modo como a solução tinha sido obtida. Embora essas “receitas” , quando aplicadas a problemas do segundo grau, conduzissem de forma natural à dedução da fórmula de Bhaskara, os antigos babilónios não chegaram a generalizar tais “receitas”.

Na Grécia, as equações de segundo grau eram resolvidas por meio de construções geométricas como iremos ver num exercício que ilustra o método geométrico utilizado por Euclides para achar a solução da equação x² = s² – sx.

No século XII D.C., Bhaskara (1114-1185), em duas das suas obras, apresenta e resolve diversos problemas do segundo grau.

Antes de Bhaskara, no princípio do século IX D.C., o matemático árabe Al-Kowarismi, influenciado pela álgebra geométrica dos gregos, resolveu, metodicamente, as equações do segundo grau, chegando à fórmula do modo descrito a seguir.

Al-Kowarismi interpretava, geometricamente, o lado esquerdo da equação x² + px = q como sendo uma cruz constituída por um quadrado de lado x e por quatro retângulos de lados p/4 e x. Então, como mostra a figura abaixo, “completava” esta cruz com os quatros quadrados pontilhados de lado p/4, para obter um “quadrado perfeito” de lado x + p/2.
Como nasceu a formula de Baskara?

Usando este artifício geométrico, Al-Kowarismi demonstrou que adicionando-se 4 vezes p²/16 , soma das áreas dos quatros quadrados de lado p/4 , ao lado esquerdo da equação x² + px = q, obtinha-se (x + p/2)², que é a área do quadrado de lado x + p/2 , isto é, x² + px + 4 p²/16 = (x + p/2)².

Portanto, a equação x² + px = q poderia ser escrita como (x + p/2)² = q + p²/4 implicando que x = -p/2 ± , que é a fórmula de Bhaskara.

A descoberta de que um trinómio do segundo grau tem para imagem uma parábola, remonta à Antiguidade.

As primeiras referências a respeito encontram-se nos trabalhos do matemático grego Menaecamus ( 375-325 A.C. ), que obteve a parábola seccionando um cone circular reto por um plano não paralelo à base. Pode-se provar que a curva assim obtida é a imagem de uma equação do tipo y = ax².

Bhaskara descobriu a fórmula de Bhaskara ?

Bhaskara Acharya ( B. o Instruído ) viveu de 1 114 a 1 185 aprox., na India.

Nascido numa tradicional família de astrólogos indianos, seguiu a tradição profissional da família, porém com uma orientação científica, dedicando-se mais à parte matemática e astronômica ( tais como o cálculo do dia e hora da ocorrência de eclipses ou das posições e conjunções dos planetas ) que dá sustentação à Astrologia.

Seus méritos foram logo reconhecidos e muito cedo atingiu o posto de diretor do Observatório de Ujjain, o maior centro de pesquisas matemáticas e astronômicas da India, na época.


Bhaskara nem sabia o que é uma fórmula: As fórmulas surgem na Matemática só 400 anos depois de sua morte, consequentemente, não poderia ele ter descoberto fórmula nenhuma.

Naquela época, como eram resolvidas as equações ?

Usando REGRAS !

Chamamos de regra à uma descrição por extenso dos procedimentos para resolver um problema, por exemplo uma equação. Na época de Bhaskara essas regras, tipicamente, tinham a forma de poesias que iam descrevendo as operações a realizar para resolver o problema.

A partir de Aryabhata 500 dC, e possivelmente muito antes, os indianos já usavam várias regras para resolver equações do segundo grau.

Entre essas, destacamos a seguinte que tem uma formulação muito próxima do procedimento que hoje usamos:

EXEMPLO: para resolver as equações quadráticas da forma ax2 + bx = c, os indianos usavam a seguinte regra: “multiplique ambos os membros da equação pelo número que vale quatro vezes o coeficiente do quadrado e some a eles um número igual ao quadrado do coeficiente original da incógnita. A solução desejada é a raiz quadrada disso”

É também muito importante observar que a falta de uma notação algébrica, bem como o uso de métodos geométricos para deduzir as regras, faziam os matemáticos da Era das Regras terem de usar varias regras para resolver equações do segundo grau. Por exemplo, precisavam de regras diferentes para resolver x² = px + q e x² + px = q.

Foi só na Era das Fórmulas, inaugurada com a Logistica Speciosa de François Viète c. 1 600 dC, que iniciaram as tentativas de dar um procedimento único para resolver todas as equações de um grau dado.

Bhaskara conhecia a regra acima ?

Sim, conhecia.

Essa regra foi descoberta por Bhaskara ?

Não! Ela já era do conhecimento de, no mínimo, o matemático Sridara, que viveu há mais de 100 anos antes de Bhaskara Acharya.

Fonte: www.biography.com/www.studyhelpline.net/sandroatini.sites.uol.com.br/elymoretti.wikispaces.com


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