quinta-feira, 25 de junho de 2020

Raio de mais de 700 km de extensão no RS é considerado o maior já registrado no mundo

Registro foi feito pela Organização Meteorológica Mundial

Mapa da OMM aponta caminho percorrido pelo raio em 31 de outubro de 2018 no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul entra para a história meteorológica mundial como o detentor do raio mais longo já documentado no planeta. A descarga ocorreu na primavera de 2018 e o recorde foi oficializado nesta quarta-feira pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma das agências da Organização das Nações Unidas.
O fenômeno foi registrado no dia 31 de outubro. Na ocasião, o Estado enfrentou fortes temporais que causaram inúmeros prejuízos em áreas urbanas e rurais. Segundo a OMM, o raio percorreu uma extensão horizontal de 709 quilômetros, entre o norte da Argentina, na região de San Vicente, cruzou os municípios do Norte do Rio Grande do Sul e se estendeu até o sul de Santa Catarina, nas proximidades de Tubarão.
A OMM também relatou um recorde de raio com duração excessivamente longa sobre a Argentina em 4 de março de 2019. Durou 16,73 segundos. Essa descarga também se estendeu por várias centenas de quilômetros, mas não superou o recorde do Sul do Brasil. "Esses são extremos inacreditáveis", escreveu Randy Cerveny, professor da Arizona State University e membro do comitê da OMM que certificou os registros.
Segundo os especialistas, estes não eram raios comuns. A maioria que se vê saindo da base de uma tempestade tem apenas alguns quilômetros de comprimento, embora seja potencialmente mais extensa se estiver conectada a uma descarga nuvem-nuvem. E eles geralmente duram apenas um segundo ou dois.
Os raios na América do Sul estão em uma categoria diferenciada, os dos chamados megaraios ou megaflashes. E há razões para acreditar que estes megaflashes podem não ser tão raros quanto se pensava.
A meteorologista da MetSul Estael Sias explica o fenômeno:
Correio do Povo

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