A partir do momento em que um vírus altamente contagioso ingressa numa comunidade, não há o que faça o contágio parar.
Enquanto houver um número determinado de não infectados, a propagação do vírus é inexorável.
O máximo que se pode alcançar com relação ao contágio é a redução da sua velocidade de propagação através de medidas cujas consequências podem ser mais dramáticas do que impedir a propagação de uma doença que afeta minimamente mais de 99% da população.
A desaceleração do contágio provoca dois problemas indesejáveis, o retardamento na imunização da população e a debacle econômica que, por sua vez, causa danos à saúde física e psicológica dos indivíduos, seja por stress ou por desnutrição e falta de recursos para enfrentar doenças variadas.
A diminuição na velocidade do contágio, segundo o argumento dos governantes que defendem essa tese, era necessária para que a estrutura médico-hospitalar tivesse tempo para se adequar ao aumento da demanda.
Em regiões como o Rio Grande do Sul, a demanda por leitos hospitalares sempre cresce nessa época do ano por conta de doenças respiratórias ligadas ao nosso clima.
Como se pode ver nos informativos oficiais, a demanda sempre supera a oferta porque como temos um sistema de saúde socialista, não há incentivos para que a iniciativa privada invista. Pelo contrário, toda a regulação e taxação que envolvem essa área, seja quanto aos técnicos profissionais, aos médicos, aos hospitais ou aos planos de saúde, o que se vê é o desestímulo à concorrência, inovação e aumento da oferta de produtos e serviços.
Sem o aumento de oferta em proporções condizentes com o aumento da demanda, fato que mais uma vez se repete agora com a pandemia, os governos querem reduzir a demanda ao ponto de impedirem as pessoas de exercerem direitos inalienáveis, inclusive o direito à vida que significa agir em liberdade para produzir aquilo que o manterá vivo permitindo à busca da felicidade.
Somente governos socialistas são capazes de agir coercitivamente para impedir as pessoas de cooperarem, interagirem e trocarem coisas e experiências livremente. Somente tiranos demandam que a população obedeça éditos desumanos sob a alegação de que estão defendendo o bem comum.
Há os que se deixam convencer de que o bem comum existe e que o governo o conhece melhor do que qualquer um de nós.
A covardia daqueles que obedecem tais atos não está no medo da represália. Está na falta de coragem de desafiar o que lhe vendem como verdade.
A coragem que fez os homens se tornarem civilizados não reside na decisão de usar a força para impor suas verdades sobre os outros.
Essa coragem está intimamente relacionada com o ato de usar a própria mente, de forma livre e independente, para questionar tais verdades, deixando que a realidade e a lógica derrotassem os argumentos utilizados pelos poderosos como se fossem verdades.
Se você tem uma razão qualquer para temer algo, lembre-se que talvez o seu temor venha não da falta de coragem mas da incapacidade de perceber e processar toda a realidade envolvida com aquela questão.
Se outros pensam diferente de você e querem correr riscos que você acha impensáveis, o problema é seu mas você não tem o direito de impedir que os demais arrisquem, mesmo que eles estiverem arriscando a própria vida.
Roberto Rachewsky
Pontocritico.com
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