Prefeito ressaltou que pretende anunciar, esta semana, ações na área social, como um cartão para pessoas vinculadas ao cadastro único para compra de alimentos
O prefeito lamentou a pandemia em seu quarto ano de mandato, período em que previa ações práticas, após se dedicar na busca de investimentos e redução de despesas da administração municipal | Foto: Reprodução / Facebook / CP
No dia em que mais três mortes por Covid-19 foram registradas em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior, em live na sua página no Facebook, revelou que irá apresentar um pacote de medidas visando melhorias à cidade pós-pandemia, mas sem dar detalhes. Ele pretende anunciar, esta semana, ações na área social, como o cartão para pessoas vinculadas ao cadastro único para compra exclusiva de alimentos durante a crise do novo coronavírus.
“A ideia é fazer uma redistribuição de renda em Porto Alegre, além de ajudar as pessoas na busca de recursos federais de apoio e estruturar uma assistência específica para este período de pandemia que possa ser reaproveitada depois, trazendo mais porto-alegrenses para esta rede de proteção”, enfatizou Marchezan. Cerca de 250 mil cidadãos deverão ter acesso ao serviço. Com o cartão, a pessoa vai ter a possibilidade de fazer as suas próprias compras mas será vedado a compra de itens supérfluos como cigarros e bebidas alcoólicas.
As medidas começam nesta terça-feira, às 11h, quando o prefeito e o secretário municipal de Educação, Adriano Naves de Brito, lançarão a plataforma on-line para integrar pais, alunos e professores do ensino fundamental durante a pandemia e após a retomada das atividades presenciais nas escolas. Serão beneficiados cerca de 34,5 mil alunos das 56 escolas municipais de ensino fundamental e de duas escolas comunitárias de educação básica. A coletiva de imprensa será feita por videoconferência, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Além da plataforma on-line na área de Educação e o cartão, Marchezan anunciou que, apesar da diminuição de receita entre R$ 700 a 800 milhões motivada pela pandemia, haverá avanços na área da saúde. “Todas as ações com foco no legado”, frisou. O prefeito, ainda, citou modernização na máquina pública, na desburocratização, na mobilidade urbana, na sustentabilidade e na transparência. “Apesar das dificuldades, conseguimos manter uma carteira muito grande de investimentos, graças aos financiamentos feitos após as reformas do ano passado. Mesmo com a crise, Porto Alegre terá um volume de investimentos acima da média de outras cidades brasileira porque fizemos o dever de casa”, garantiu, lembrando as Parcerias Público-Privadas realizadas durante a sua gestão.
O prefeito lamentou a pandemia em seu quarto ano de mandato, período em que previa ações práticas, após se dedicar na busca de investimentos e redução de despesas da administração municipal. “Seria um ano de muito mais entregas em algumas áreas do que em anos anteriores. Nosso desafio é continuar o nosso foco nas pessoas”, contou, antes de citar um slogan que deverá ser usado nas entregas das obras, em tom de campanha eleitoral. Marchezan explicou qual o conceito que as ações da Prefeitura seguirão em 2020. “Queremos fazer a máquina pública se movimentar em formatos um pouco diferentes, se adequando a este novo ritmo e oportunidades. Vamos entregar um legado, com soluções estruturais para o futuro”, repetiu.
Ele reiterou que a liberação das atividades, de forma crescente, a cada 15 dias, só tem sido possível após o decreto que fechou setores da sociedade e que, nesta sexta-feira, deverá haver nova flexibilização em algum segmento. “Ao longo dos dias, vamos atualizando o último decreto, do dia 20 de maio. Lá no dia 5 teremos uma nova visão do que aconteceu a partir do número de pessoas que voltaram às atividades. As medidas resultaram no achatamento da curva. No início, havia um avanço da demanda por leitos”, salientou. O prefeito lembrou que o pico da doença na Capital até agora foi em 10 de abril, em que 43 leitos de UTI foram ocupados. “Desde então, já há 50 dias, em nenhum momento chegamos a 50 leitos”, acrescentou. Marchezan comentou que as decisões foram difíceis, “mas embasadas em evidências científicas, gerando o menor impacto possível social e para a economia”.
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