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terça-feira, 2 de junho de 2020

"Inoportuno e infeliz", diz Ramos sobre comparação de Brasil com Alemanha nazista

Comentário foi feito pelo decano do STF, Celso de Mello, relator do inquérito que investiga se Bolsonaro tentou intervir na Polícia Federal

"Por favor, respeite o presidente Bolsonaro e tenha mais amor à nossa pátria", disse Ramos no Twitter | Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / CP


O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, criticou nesta segunda-feira o comentário do decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que, no fim de semana, afirmou a outros ministros da Corte em uma mensagem no WhatsApp que o País corre risco de sofrer o que ocorreu na Alemanha nazista. "A democracia brasileira não merece isso. Por favor, respeite o presidente Bolsonaro e tenha mais amor à nossa pátria", disse Ramos.




Celso de Mello, que deixará o cargo em novembro, quando completa a idade limite para a função de 75 anos, é o relator do inquérito que investiga as acusações de que Bolsonaro tentou intervir politicamente na Polícia Federal, de acordo com denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Na mensagem, o ministro comenta que “guardadas as proporções, o ovo da serpente, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933), parece estar prestes a eclodir no Brasil! É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar quando Hitler, após eleito pelo voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul von Hindenburg , em 30/01/1933 , como chanceler (primeiro ministro) da Alemanha (“Reinchskanzler”), não hesitou em romper e nulificar a progressista, democrática e inovadora constituição de Weimar, de 11/08/1919”.

Em outro trecho ele afirma que Intervenção militar, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma despresível e abjeta ditadura militar.


R7 e Correio do Povo

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