Comentário foi feito pelo decano do STF, Celso de Mello, relator do inquérito que investiga se Bolsonaro tentou intervir na Polícia Federal
"Por favor, respeite o presidente Bolsonaro e tenha mais amor à nossa pátria", disse Ramos no Twitter | Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / CP
O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, criticou nesta segunda-feira o comentário do decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que, no fim de semana, afirmou a outros ministros da Corte em uma mensagem no WhatsApp que o País corre risco de sofrer o que ocorreu na Alemanha nazista. "A democracia brasileira não merece isso. Por favor, respeite o presidente Bolsonaro e tenha mais amor à nossa pátria", disse Ramos.
Comparar o nosso amado Brasil à “Alemanha de Hitler” nazista é algo, no mínimo, inoportuno e infeliz . A Democracia Brasileira não merece isso. Por favor, respeite o Presidente Bolsonaro e tenha mais amor à nossa Pátria!
— Ministro Luiz Ramos (@MinLuizRamos) June 1, 2020
Celso de Mello, que deixará o cargo em novembro, quando completa a idade limite para a função de 75 anos, é o relator do inquérito que investiga as acusações de que Bolsonaro tentou intervir politicamente na Polícia Federal, de acordo com denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Na mensagem, o ministro comenta que “guardadas as proporções, o ovo da serpente, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933), parece estar prestes a eclodir no Brasil! É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar quando Hitler, após eleito pelo voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul von Hindenburg , em 30/01/1933 , como chanceler (primeiro ministro) da Alemanha (“Reinchskanzler”), não hesitou em romper e nulificar a progressista, democrática e inovadora constituição de Weimar, de 11/08/1919”.
Em outro trecho ele afirma que Intervenção militar, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma despresível e abjeta ditadura militar.
R7 e Correio do Povo
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