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domingo, 21 de junho de 2020

Confira os fatores que levaram cinco regiões à bandeira vermelha no Distanciamento Controlado

Após seguidos alertas da piora em hospitalizações por Covid-19 e da ocupação de leitos clínicos e de UTI, a macrorregião metropolitana ficou quase a totalidade em alto risco de contágio

Canoas é uma das regiões afetadas

Um dia depois do Brasil ultrapassar a marca de um milhão de casos confirmados do novo coronavírus, o governo do Rio Grande do Sul apresentou a atualização do modelo de Distanciamento Controlado com os dados mais críticos até o momento. Das 20 regiões, oito tiveram piora, das quais cinco foram de bandeira laranja para vermelha – Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa e Palmeira das Missões – e três passaram da amarela para a laranja – Pelotas, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul.
Após seguidos alertas da piora em hospitalizações por Covid-19 e da ocupação de leitos clínicos e de UTI, a macrorregião metropolitana ficou quase a totalidade em bandeira vermelha. Apenas a região de Taquara, que tem apresentado bons indicadores desde o início da pandemia, conseguiu a manutenção de bandeira amarela. Os números de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em UTI, de pacientes Covid-19 em leitos clínicos (confirmados) e de pacientes Covid-19 em leitos de UTI (confirmados) tiveram aumentos entre as duas semanas.
Confira a seguir os fatores que ocasionaram as mudanças em cada região, de acordo com dados do governo do Estado.
Porto Alegre
A Capital, cidade com mais casos confirmados no Estado, teve piora em seis dos 11 indicadores analisados: hospitalizações de casos confirmados aumentaram 54% em relação à semana anterior (137 ante 89), enquanto aquelas por SRAG cresceram 35% (212 contra 157). O número de internados e leitos clínicos Covid-19 teve variação de 47%, enquanto aqueles em leitos UTI específicos para a expandiram 36%. As mortes aumentaram 92%, com 23 falecimentos em uma semana. Conforme Leite, a projeção é de que 43 pessoas percam a vida por conta no novo coronavírus na próxima semana.
Novo Hamburgo
Na região de Novo Hamburgo, houve piora em oito critérios. Por exemplo, as hospitalizações de casos confirmados de Covid-19 aumentaram 154% em relação à semana anterior (61 ante 24), enquanto aquelas por síndrome aguda respiratória aguda grave cresceram 35% (212 contra 157). Já o número de óbitos aumentou 150%.
Canoas
Sete quesitos apresentaram regressão. A hospitalizações de casos confirmados de Covid-19 aumentaram 92% em relação à semana anterior (25 ante 13). O número de internados em leitos clínicos específicos para a doença expandiu de 140 para 206 (46%), enquanto aqueles internados em leito Covid-19 foram de 97 para 132 (36%). Além disso, a proporção de casos ativos para recuperados caiu de 132/213 para 234/270. Por outro lado, as mortes tiveram queda de 25%.
Capão da Canoa
A região apresentou crescimento nas quatro variáveis utilizadas para mensurar o avanço da doença, seja no indicador regional seja no macrorregional. As hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrada nos últimos sete dias passaram de 10 para 13 entre as duas semanas. O aumento do número de casos ativos na última semana foi significativo, passando de 35 para 77 . Com respeito às hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes, o indicador aumentou 30%, variando de 2,51 na atualização da semana passada para 3,27 nesta.
Palmeira das Missões
Ainda na seara das bandeiras vermelhas, a região de Palmeira das Missões apresentou piora em quatro indicadores de propagação e Covid-19, sendo que dois deles passaram da classificação amarela direta para a preta, indicando um maior avanço.

Correio do Povo


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