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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Ugeirm Sindicato quer uma solução definitiva para a superlotação de presos em delegacias

Preocupada também com a epidemia, entidade contabilizou 115 nas DPPAs em Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale dos Sinos

Foto tirada na quarta-feira quando foram contados 92 detidos em todas as delegacias

Foto tirada na quarta-feira quando foram contados 92 detidos em todas as delegacias | Foto: Ugeirm Sindicato / Divulgação / CP


A Ugeirm Sindicato denunciou novamente a superlotação de presos em delegacias de Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale dos Sinos. Segundo um levantamento da entidade representativa dos policiais civis, a manhã desta sexta-feira registrava 115 detidos aguardando vaga no sistema prisional. Na DPPA de Canoas, encontravam-se por exemplo 30 indivíduos. Já na DPPA de Novo Hamburgo eram 22 e na DPPA de Viamão outros 17. Muitos permanecem no lado externo dos prédios, sob custódia até dos policiais militares que deixam de realizar o policiamento ostensivo.

O vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro, considerou a situação como “dramática”. Segundo o dirigente, várias decisões judiciais têm determinado a retirada dos presos das delegacias, mas “o governo sistematicamente desrespeita”. O sindicalista lembrou que no início de março uma nova ordem judicial foi emitida. “Em um primeiro momento o governo cumpriu, mas gradativamente foi ocorrendo um relaxamento”, observou.

Para Fabio Castro, a situação é agravada com a pandemia do novo coronavírus. “A aglomeração é um vetor de contágio muito grande. Há presos sem máscaras, algemados do lado de fora e sem nenhum tipo de distanciamento. O perigo é de contágio e surto”, alertou o vice-presidente da Ugeirm Sindicato. Ele manifestou preocupação também com “a integridade física dos servidores e da população”, além dos riscos de rebelião e fugas. “É uma ilegalidade. É um absurdo inaceitável que ninguém tome providências. Reiteiramos que a decisão judicial tem sido desrespeitada várias vezes. Queremos uma solução definitiva”, concluiu o dirigente.


Correio do Povo


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