quinta-feira, 14 de maio de 2020

Servidora relata acúmulo de lixo e ratos em área do Hospital Presidente Vargas

Problema de higiene levaria funcionários a evitar entrada direta e contornar estacionamento do local



Problemas na separação e no descarte de lixo, acúmulo de entulho e dezenas de ratos. Foi desta forma que uma funcionária do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), que preferiu não se identificar com medo de retaliação, definiu uma área da unidade que fica entre o estacionamento e os prédios assistenciais. “Infelizmente isso é crônico, tem mais de um ano. São diferentes tipos de lixo em um local onde existe circulação permanente dos servidores”, afirmou.

Segundo ela, houve tentativa de diálogo com a direção do HMIPV, mas sem sucesso. “Nós como grupo de servidores, já solicitamos à direção várias vezes alguma solução definitiva e cada vez piora mais, é uma área de circulação permanente, tem entulho, lixo comum, orgânico, lixo hospitalar contaminado, são diversos tipos de lixo mal acondicionados, muitas ratazanas, já vi dezenas circulando por lá, coisa de filme de terror”, enfatizou. A situação, conforme a servidora, é assustadora e força muitas vezes um desvio do espaço.

“Tenho colegas que preferem sair do estacionamento e chegar ao hospital pela rua, mas isso à noite é perigoso e mesmo assim elas preferem correr riscos do que encontrar os ratos”, comentou. A servidora ainda reiterou que escolheu denunciar a situação deste espaço para “não comprometer ninguém” pois, se fosse entrar em detalhes sobre alguns setores, poderia ser identificada. “Está cada vez pior, a direção não faz nada para mudar”, desabafou.

Com a transferência dos serviços da maternidade do Hospital São Lucas da PUCRS para o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), de acordo com a servidora, a situação deve ficar ainda pior. “As coisas não podem continuar assim, se entramos em contato com a Vigilância Sanitária eles emitem notificações e tudo permanece igual, a situação está catastrófica”, afirmou. As equipes, segundo ela, estão apavoradas com a chegada dos funcionários que atuavam no São Lucas. “Esperamos o mínimo, que é ter um local de trabalho adequado, mas a tendência é piorar e quando denunciamos isso, somos punidos e a direção diz que nada está acontecendo”, detalhou.

A Secretaria Municipal da Saúde informou “que no dia 20 de abril iniciaram as obras de duplicação da capacidade de atendimento do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. As melhorias ficam evidenciadas no momento em que aparecem situações como as expostas, que surgem ao reformar um prédio de 67 anos. Estão sendo investidos mais de R$ 6 milhões através de convênio com o Hospital São Lucas da PUCRS. A situação é transitória e a instituição hospitalar garante a segurança de todos os pacientes. O descarte de materiais de saúde e alimentos seguem regramentos e diretrizes do Ministério da Saúde e Vigilância em Saúde. Ressalta-se ainda que, neste momento de pandemia, todos os pacientes podem e devem seguir buscando a instituição hospitalar”.

Correio do Povo

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