domingo, 31 de maio de 2020

Reforço de sinalização será discutido para prevenir acidentes na ponte móvel do Guaíba

Obras de reparo seguem após embarcação graneleira atingir e danificar um dos pilares da estrutura

Oito içamentos devem deixar de ser realizados no período das obras de reparo da ponte do Guaíba

Oito içamentos devem deixar de ser realizados no período das obras de reparo da ponte do Guaíba | Foto: Alina Souza / CP

A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS) vai se reunir na tarde da próxima terça-feira com a Capitania Fluvial de Porto Alegre da Marinha do Brasil para tratar do reforço da sinalização nos pilares da ponte móvel do Guaíba. O objetivo é prevenir a ocorrência de acidentes como o que ocorreu entre a noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, quando uma embarcação graneleira atingiu e danificou um dos pilares. As obras de reparo começaram ainda na sexta-feira e prosseguem neste sábado, sendo executadas pela empresa proprietária da embarcação responsável pela colisão na estrutura.

No final da manhã deste sábado, o superintendente da Portos RS, Paulo Fernando Curi Estima, falou com a reportagem do Correio do Povo. Com a interrupção por dez dias da travessia no local feita por navios de carga de grande porte, ele calculou que oito içamentos deixarão de ser realizados no período, envolvendo 16 embarcações que cruzariam sob a ponte móvel. De acordo com ele, a passagem de navios de maior calado corresponde a 25% do movimento total, sendo que os 75% são feitos por barcaças que estão liberadas.

O superintendente da Portos RS explicou que um navio que já estava próximo da travessia quando ocorreu o acidente no pilar, permanecendo então fundeado perto do cais. Paulo Fernando Curi Estima observou que as mais afetadas com a suspensão dos içamentos são as embarcações que chegam até os terminais da Transpetro em Canoas e Polo Petroquímico de Triunfo.

Como alternativa para amenizar os prejuízos nestes dez dias, Paulo Fernando Curi Estima acredita que a opção dos próximos navios será uma parada no porto de Rio Grande, onde os carregamentos de gás e de produtos químicos seriam trazidos por via terrestre. A passagem pelo vão móvel da ponte do Guaíba representa cerca de 20% do total de viagens acompanhadas pela Porto RS, que monitora a atividade portuária. Já a Capitania Fluvial de Porto Alegre da Marinha do Brasil abriu um inquérito Administrativo para apurar as causas do acidente.


Correio do Povo


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