Após o estado de São Paulo, a capital paulista deve detalhar hoje seus planos de reabertura. A Desperta destaca ainda os resultados da MRV, uma reunião na ONU para definir ajuda aos países mais pobres e possíveis mudanças de rumo na bolsa brasileira com a reabertura. Boa leitura.
São Paulo: capital é a cidade do Brasil mais afetada pelo coronavírus | Eduardo Frazão/EXAME
1 - REABERTURA PAULISTANA
Um dia depois de participar do anúncio da “retomada consciente” das atividades de São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) detalha nesta quinta-feira, 27, os planos para reabertura da economia da capital. A cidade ultrapassou a marca de 50.000 casos e mais de 3.400 mortes. O governo estadual definiu fases para a reabertura das atividades dos municípios, e a capital estaria na fase dois da retomada, que permite, com restrições, a reabertura de shoppings center, comércio, escritórios, imobiliárias e concessionárias. Mas há restrições mais rígidas no sudoeste do estado, que compreende as regiões de Registro, Grande São Paulo e Baixada Santista, e a capital recebe trabalhadores de municípios adjacentes. No início do mês, havia ainda uma pressão de Covas para decretar lockdown e evitar o colapso nos hospitais, que estão com capacidade de lotação de leitos de UTI em 90%. Covas diz que os serviços não serão liberados já em 1º de junho, de modo que, na prática, é provável que nada mude nas próximas semanas.
2 - 10% DO PIB GLOBAL
A Organização das Nações Unidas (ONU) debaterá nesta quinta-feira, 28, os efeitos sociais e econômicos da pandemia do novo coronavírus. O objetivo da reunião virtual é avaliar um novo pacote de ajuda global de, no mínimo, 10% do PIB global para os países mais pobres. A reunião, que deve reunir dezenas de chefes de Estado, terá ainda participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A vice-secretária geral da ONU, Amina Mohammed, reconheceu que já existem esforços em andamento para ajudar os países em desenvolvimento a sair da crise, mas os programas não estão surtindo os efeitos urgentes necessários. Segundo dados do FMI, o revés econômico global será o pior desde a Grande Depressão de 1930 nos países mais pobres. A expectativa da ONU é de que a pandemia leve 30 milhões de pessoas à pobreza, aumento de 4,4% ante 2019.
3 - MUDANÇA NA BOLSA?
O isolamento social fez com que ações de empresas de entretenimento e de comunicação a distância subissem mais de 15% em apenas dois meses na bolsa dos Estados Unidos. Mas, com a reabertura econômica nos 50 estados americanos, na quarta-feira, 27, Netflix, Amazon e Zoom caíram 2,48%, 1,91% e 1,24%, respectivamente, em um dia que os principais os índices encerraram em alta. A dúvida é se o mesmo deve acontecer com os papéis que se destacaram no Brasil durante a quarentena. As ações que mais subiram nos últimos dois meses foram as de varejo online, como Magalu, B2W e Via Varejo, subindo mais de 60%. Além dos papéis de empresas exportadoras, beneficiadas pela alta do dólar e retomada do comércio globa, a reabertura da economia brasileira pode significar também a alta de papéis que sofreram durante o período de isolamento social. São casos como construção e shopping centers, incluindo até mesmo companhias aéreas e turismo, diz Bruno Lima, analista do EXAME Research. As principais empresas desses setores tiveram alta ontem.
4 - RESILIÊNCIA DOS IMÓVEIS BARATOS
Maior representante do segmento de imóveis para o público de menor renda, a MRV reporta resultados do primeiro trimestre nesta quinta-feira, após o fechamento do mercado. Os números podem representar alguns dos maiores desafios do setor, que começou 2020 com grandes expectativas em meio à baixa histórica de juros. Com descontos para atrair vendas durante a pandemia, as margens devem ficar mais apertadas. A expectativa dos analistas é de queda nos lucros, mas vendas estáveis. Construtoras voltadas a imóveis mais baratos são historicamente mais resilitentes e menos dependentes do nível de confiança na economia, o que é uma das apostas para a MRV. Em resultados operacionais prévios, a MRV já havia reportado alta recorde de 28% nas vendas apesar do impacto do coronavírus no fim de março. As ações das construtoras subiram mais do que o Ibovespa no acumulado do último mês, acima de 20%.
5 - FOTOS CONTRA O CORONAVÍRUS
Em tempos de quarentena, o negócio é vender obras online. Se o artista deseja ajudar o mundo contra o coronavírus, melhor ainda. Começando hoje e indo até 12 de junho, a casa de leilões Christie’s inicia um leilão online beneficente para o combate ao coronavírus com algumas das fotografias mais icônicas do americano Mark Seliger, especialista em retratos de grandes personalidades. Seliger navega do mundo da TV e da música ao mundo da política e já foi responsável por clicar nomes como Kurt Cobain e Mick Jagger, além das fotos da festa da Vanity Fair após a cerimônia do Oscar. O leilão contará com 25 fotos, de famosos como Barack Obama e Leonardo DiCaprio. Os lances serão feitos pela internet. A celebridade de cada retrato escolherá a instituição que receberá o valor da venda. Veja algumas das fotografias.
O Parlamento da China aprovou nesta madrugada a polêmica lei sobre segurança nacional em Hong Kong, que, segundo críticos, acaba com a autonomia da ex-colônia britânica.
O socorro de 60 bilhões de reais a estados e municípios foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Aumentos a servidores foram vetados até 2021.
O Brasil teve 1.086 novas mortes por coronavírus, chegando a 25.598 óbitos, e se tornou o segundo país a passar dos 400.000 casos. Veja os números.
Os parques da Disney na Flórida devem reabrir em julho, informou a empresa, três meses após serem fechados.
O lançamento do foguete da SpaceX, o primeiro americano desde 2011, não aconteceu ontem devido ao mau tempo.
O novo livro de J.K. Rowling, “O Ickabog”, será lançado em novembro.
No pós-pandemia, líderes precisam tirar a fantasia de herói e expor vulnerabilidades, apontam especialistas em uma das transmissões da série exame.talks. Veja as dicas.
exame.talks
11h - Edison Ticle, CFO da Minerva, com Bruno Lima, analista da Exame Research, e Thiago Duarte, do BTG Pactual
Muito além do câmbio favorável (veja no YouTube)
Bolsa
HOJE | Xangai / +0,33%
Tóquio / +2,32%
Londres / +0,65% (às 7h)
ONTEM | Ibovespa / +2,90%
S&P 500 / +1,48%
Dólar / 5,28 reais (-1,43%)
Nada de Zoom. Um grupo de colegas de trabalho em Londres começou a fazer reuniões no jogo Red Dead Redemption 2, conforme relatou no Twitter uma das jogadoras. Todos se encontram em um ponto do mapa, com personagens ao redor de uma fogueira, e conversam pelo chat de voz. O site Jovem Nerd explicou como a empreitada funciona.
Red Dead Redemption 2: reuniões de trabalho no jogo | Reprodução
Nenhum comentário:
Postar um comentário