terça-feira, 26 de maio de 2020

Projeto "Corona Zero" testará moradores e funcionários de asilos do Rio Grande do Sul

Programa tem parceria entre Rotary-RS e a Associação Brasileira de Portadores de Hepatite

Projeto foi lançado por meio de videoconferência

Projeto foi lançado por meio de videoconferência | Foto: Reprodução / CP

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Foi em uma reunião virtual do Distrito 4670, que o Rotary lançou o Projeto Corona Zero no Rio Grande do Sul. A parceria com a Associação Brasileira de Portadores de Hepatite (ABPH) aplicará testes para detecção do novo coronavírus em moradores e funcionários de asilos de idosos, legalmente denominados de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs).

Serão testes do tipo RT-PCR, considerado o padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19. Segundo explica o governador do Distrito 4670, a ideia partiu da ABPH, que buscou a parceria do Rotary para chegar ao maior número possível de comunidades no país. “É o início de uma jornada que acreditamos ser vitoriosa para ajudar essa população tão vulnerável”, falou Osvaldo Petersen Filho. O projeto foi apresentado pelo diretor do Rotary Internacional, Mário César Martins de Camargo. “O Rotary nasceu com a demanda de servir aos outros, antes de fazermos por nós mesmos. A Rotarian Action Group (RAG) tem experiência na área da testagem desde o Projeto Hepatite Zero”, lembrou Camargo.

A Fundação Rotária forneceu 525 mil dólares aos 23 distritos brasileiros. Aos Rotary Clubs caberá o cadastramento dos lares de idosos. “Vamos tentar chegar ao maior número de asilos possível”, frisou o diretor. Estima-se, com base em estatísticas dos Estados Unidos e Europa, que 20 a 50% dos idosos nestes estabelecimentos poderão vir a óbito com o avanço da doença. A entidade está em busca de parceiros para que mais casas de idosos sejam abrangidas no projeto, segundo Camargo.

“É uma chance única para podermos ajudar a essa faixa etária. Congregamos os governadores do Rotary pelo país”, concluiu. O Distrito 4670 já cadastrou cerca de 200 instituições. No Brasil já há mais de 1.000 lares de idosos cadastrados.

O presidente da ABPH e do Rotarian Action Group (RAG), Humberto Silva, o mentor do projeto, disse que a associação agiu muito rápido, depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter revelado em 1º de maio que metade das mortes provocadas pela Covid-19 foram de residentes nessas instituições. “A ideia para este projeto, que era tão abstrato, se materializou e nos enche de alegria”, contou Silva.

A aplicação dos testes será feita pela própria equipe das instituições. Se não for possível, a ideia é recorrer às Secretarias Municipais de Saúde e Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa). Só em último caso o projeto buscarpa enfermeiros voluntários. O esforço é para evitar a contaminação dos profissionais envolvidos na ação. A primeira instituição a receber os testes foi o ONG para idosos Spaan, no bairro Nonoai, em Porto Alegre, onde mais de 200 pessoas foram testadas.


Correio do Povo

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