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sábado, 2 de maio de 2020

Entidades gaúchas projetam recuperação do setor com retomada gradual do comércio

Liberação parcial é válida, por decreto estadual, até 31 de maio

Liberação parcial é válida, por decreto estadual, até 31 de maio

A liberação parcial de reabertura para algumas atividades econômicas em Porto Alegre é vista com bons olhos por diversas entidades, entre elas a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA). Mesmo que até o momento centros comerciais, shoppings centers e grandes redes de lojas ainda não possam retomar os trabalhos, a volta dos serviços para profissionais autônomos, liberais, microempreendedores individuais e microempresas já devem gerar efeitos positivos para o setor. A medida, conforme o decreto 20.562, é válida até 31 de maio.
A CDL POA, por meio de nota, expressou sua convicção para que haja o retorno gradual das atividades comerciais, “obedecendo a todos os cuidados de saúde necessários, de modo a evitar o agravamento da crise econômica e o aumento das contaminações”. A entidade defende o retorno do comércio de rua, atrelado aos protocolos de higienização e distanciamento social, promovendo segurança aos funcionários e clientes. “Também para as lojas de shoppings centers, as quais operam em uma situação diferenciada, a CDL POA reitera todo o apoio e suporte para mitigação dos danos causados pela pandemia”.
A retomada imediata, conforme a CDL, se mostra determinante diante da representatividade do setor do comércio e da sua contribuição ao desenvolvimento. “Juntos, atacado e varejo representam 14,5% do PIB do Rio Grande do Sul, de acordo com dados de 2017 da Secretaria de Planejamento do RS; sendo responsável por 20,9% dos empregos formais, conforme apuração do Ministério da Economia - RAIS, em 2018. No total, o segmento arrecada, por ano, R﹩ 9,14 bilhões de ICMS, que significa 26,3% do total estadual, conforme os dados mais recentes, de 2018, do Ministério da Economia”, apontou a entidade em nota.
A entidade reforçou que o papel de cada um é essencial e o envolvimento de todos será decisivo para a retomada acontecer. “É necessária uma mudança de comportamento ainda maior, com mais cuidado e consciência coletiva, para que as atividades possam ser desenvolvidas dentro de uma nova realidade. A CDL POA entende que os entes públicos estão fazendo um bom trabalho em achatar a curva de contaminação e ao elaborar um projeto de Distanciamento Controlado, cruzando a capacidade do sistema de saúde e o nível de transmissão com a relevância das atividades econômicas. Deste modo, as atividades poderão retornar com consciência e o máximo de segurança possível”.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, comentou o que vinha sendo conversado entre as entidades e o prefeito. “Já esperamos para a semana que vem uma nova flexibilização, quando deve aumentar o número de lojas abertas e vamos continuar monitorando para ver de que forma vai acontecendo essa liberação. Temos a expectativa de que até o dia das mães a gente consiga abrir mais lojas, para logo depois disso talvez abrir todas, inclusive os shoppings centers”, disse.
Para o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, o novo decreto vem ao encontro do que a entidade vinha pregando. “Eu especificamente pedia sempre que fosse dada aquela oportunidade ao pequeno comerciante principalmente, que tem a necessidade de vendas diárias para fazer pagamentos diários, e isso foi feito”, afirmou. Segundo Petry agora, com todos os cuidados, os pequenos comerciantes então terão oportunidade de abrir suas portas. “Assim como uma série de outros estabelecimentos de porte maior que também poderão trabalhar”, reiterou.

Correio do Povo

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