sexta-feira, 29 de maio de 2020

Com pandemia, PIB encolhe 1,5% no primeiro trimestre, diz IBGE

Resultado foi influenciado pela queda no setor de serviços, o mais impactado durante o período devido o isolamento adotado por causa do coronavírus

Com pandemia, economia brasileira encolhe 1,5% no primeiro trimestre, diz IBGE

Com pandemia, economia brasileira encolhe 1,5% no primeiro trimestre, diz IBGE | Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP


A economia brasileira encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao último trimestre de 2019, já sentindo os efeitos da pandemia do coronavírus, segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%).

O Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e riquezas produzidos pelo país, chegou a R$ 1,803 trilhão no período. O encolhimento foi influenciado, principalmente pelo recuo no setor de serviços (-1,6%), que representa 74% de todo o PIB. Também houve queda na indústria (-1,4%), enquanto a agropecuária cresceu (0,6%).

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o setor de serviços foi o mais impactado pelo isolamento social em diversos países do mundo.

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, afirmou.

De acordo com o IBGE, dentro do setor de serviços, as atividades mais impactadas foram outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única variação positiva veio das atividades imobiliárias (0,4%). O resultado do primeiro trimestre interrompe a sequência de quatro trimestres positivos.


R7 e Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário