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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Bolsonaro revela que Trump enviará 2 milhões de comprimidos de cloroquina ao Brasil

OMS informou recentemente que remédio aumenta o risco de morte e de arritmia cardíaca

Bolsonaro revelou a um apoiador que Trump enviou para o Brasil 2 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina

Bolsonaro revelou a um apoiador que Trump enviou para o Brasil 2 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina | Foto: Alan Santos / PR / Divulgação / CP memória

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira a apoiadores em frente ao Palácio do Planalto que os Estados Unidos enviarão 2 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina para o Brasil. A declaração foi feita após a fala de um apoiador que informou ter vindo da Califórnia (EUA) e fazer elogios à gestão atual do governo no Brasil.

"Como está o Trump lá, tá bem?", questionou Bolsonaro ao apoiador. Em seguida, deu a informação sobre a chegada do medicamento ao Brasil. "Ele (Trump) está mandando para nós aqui 2 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina. Deve chegar hoje", afirmou o presidente.

OMS

Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que o uso da hidroxicloroquina está suspenso no ensaio clínico internacional Solidariedade ("Solidarity"). A decisão foi baseada em um estudo publicado na revista científica The Lancet e será revisada nas próximas semanas após análise mais abrangente.

Atualmente, 3,5 mil pacientes de 17 países estão inscritos na pesquisa. O estudo publicado na revista, na semana passada, concluiu que o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus, mesmo quando associadas a outros antibióticos, aumenta o risco de morte e de arritmia cardíaca.

O Ministério da Saúde indicou que vai manter a orientação para uso precoce do remédio nos casos de covid-19. "Estamos muito tranquilos a despeito de qualquer instituição ou entidade internacional que venha a cancelar os seus estudos com a medicação", disse Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, em entrevista coletiva na última segunda-feira.

Mayra falou que o estudo publicado na Lancet não é "metodologicamente aceitável" como referência para as decisões tomadas pelo Ministério. "O que nós queremos reafirmar é que estamos seguindo, sobretudo, princípios bioéticos."


Agência Estado e Correio do Povo

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