terça-feira, 26 de maio de 2020

Alerta aos pais: pedofilia virtual aumenta no Brasil em meio à pandemia

Conteúdo pornográfico pode chegar às crianças por meio das redes sociais e pelos navegadores de internet em smartphones e tablet| Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus não afetou apenas a rotina de adultos e idosos. Em casa, para seguir as medidas de distanciamento e sem frequentar a escola desde março, crianças e adolescentes podem estar ainda mais vulneráveis devido ao contato com o mundo virtual. Entre outros problemas, o risco de se tornarem vítimas de pedófilos que atuam na rede aumentou, de acordo com especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo.

A pedofilia virtual é mais uma das fragilidades que se potencializa dentro das famílias nesse período de crise. Dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos mostram um aumento de 30% nos casos de violência doméstica desde que o estado de calamidade pública foi decretado no Brasil. E, apesar de ainda não ter dados numéricos, a Delegacia de Crimes Cibernéticos do Paraná aponta que também houve aumento de casos de crimes cibernéticos, como a exploração sexual infantil na internet, durante a pandemia.

Muitas dessas vítimas convivem, diretamente com o abusador, porque ele cria estratégias na internet ou acaba se aproximando da família da vítima ou de amigos próximos. Para evitar essas situações, o delegado José Barreto de Macedo Junior, do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil do Paraná, alerta que os pais devem monitorar o que os filhos estão fazendo na internet. "O pedófilo tem formas de se aproximar e ganha a confiança da vítima aos poucos, inclusive, pode conseguir informação pelos amigos", ressalta.

Macedo Junior afirma que o fato de as crianças e adolescentes ficarem em casa bastante tempo e com as telas disponíveis o tempo todo por causa da crise da Covid-19 tem colaborado para a ampliação desse tipo de crime. "É algo perigoso dar acesso livre à internet para as crianças. Uma dica é deixar as redes sociais delas privadas", sugere.


 
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Gazeta do Povo

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