domingo, 19 de abril de 2020

Weintraub diz que vai ter Enem e que governo recorrerá de decisão da Justiça

Weintraub disse que estão tentando, como o ano passado, impedir judicialmente o Enem, mas que o governo irá recorrer

Ministro disse que será um ano de desafios

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, garantiu neste sábado que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ocorrer conforme o previsto e afirmou que o governo irá recorrer da decisão da Justiça Federal de São Paulo que determinou que o Ministério da Educação (MEC) mude o calendário em razão das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
"O Brasil não pode parar! Mais de 3.200.000 de brasileiros solicitaram isenção na taxa do Enem 2020 (para não pagar para fazer o exame). 70% fez o pedido pelo celular (smartphone). Mais de 2.100.000 dos pedidos já foram analisados e concedidos! VAI TER ENEM!", escreveu o ministro no seu Twitter.



Em resposta aos questionamentos feitos pelos seus seguidores, Weintraub disse que estão tentando, como o ano passado, impedir judicialmente o Enem, mas que o governo irá recorrer. "Tentarão impedir judicialmente, igual ao ano passado", escreveu.
A autora da decisão de ontem em São Paulo, a juíza Marisa Claudia Gonçalves Cucio, atendeu a um pedido formulado em ação civil pública pela Defensoria Pública da União, que sustentou que o grave problema de saúde pública levou ao fechamento de escolas e à suspensão das aulas presenciais, com maior prejuízo para alunos de rede pública. Na decisão, a juíza pede uma adequação do novo cronograma à "realidade do ano letivo".
A aplicação das provas impressas está marcada para ocorrer nos dias 1º e 8 de novembro. Ontem, o MEC anunciou a mudança da data de provas digitais – que vai ser feita pela primeira vez este ano, por cem mil candidatos. O MEC informou na noite desta sexta ter atendido a pedidos feitos pelos estudantes ao alterar a data da aplicação da primeira versão digital do Enem. A previsão inicial de 11 e 18 de outubro foi alterada para 22 e 29 de novembro.
"É um ano de desafio, em razão da pandemia de coronavírus. No entanto, não é isso que vai fazer que percamos o ano. Não podemos deixar para depois uma geração inteira de médicos, enfermeiros, engenheiros e professores. Não faz sentido", afirmou na nota de ontem o ministro Weintraub.
Muitos seguidores questionaram também o ministro no Twitter sobre a volta às aulas nas escolas em todo o País e alguns reclamaram que a situação é dramática e muitos pais não têm com quem deixar os filhos. "Concordo. A situação é dramática. Tenho pedido isso aos secretários estaduais. A palavra final é do governador...", respondeu o ministro.

Agência Estado e Correio do Povo


Nenhum comentário:

Postar um comentário