Não existe velha política nem nova política. Existe política e ela não é e nunca será um jogo para amadores.
Quem idealiza a política presta um desserviço à sociedade.
Política é jogo sujo, não existe não chutar abaixo da linha da cintura, é soma zero, é disputa feita por uma imensa maioria de abutres ávidos por abocanhar verbas públicas e digeri-las o mais rápido possível para poderem ir atrás de nova carniça.
Quem não é abutre é hiena e quem não é hiena é o amador ingênuo que fica olhando as feras debulhando e dividindo o butim enquanto sente náuseas só com o cheiro.
Para entender de política não basta observá-la, é preciso fazê-la, é preciso colocar a mão na massa, sentir o calor na fronte e o frio nas costas, porque o mundo da política é como um iceberg, apenas uma ponta aparece para o público, enquanto o que realmente interessa é a parte submersa.
É por isso que eu presto atenção nas declarações de um homem como Roberto Jefferson, que desde o dia em que disse a famosa frase “sai daí, Zé”, trouxe à tona a parte mais suja do iceberg.
É preciso entendermos que não estamos perante outra coisa que não, Bolsonaro e os liberais de um lado e todo o establishment parasitário de outro, formado desde os socialistas-democráticos como FHC, Maia, Alcolumbre e Dória, até os petistas, psolistas, pedetistas e comunistas de outro.
Partidos como o Novo, sozinhos, fazem apenas figuração, ainda que no debate político sejam importantes como referência para apontar para um sistema social, político e econômico ideal.
Ou seja, a disputa não se divide entre Bolsonaro e Moro, mas entre a pauta liberal do Paulo Guedes e as forças nebulosas do coletivismo estatista. O resto, é pura ingenuidade.
Antes que os mais apressados entendam mal, eu digo que não concordo com a política de ceder nos princípios e valores que nos movem, se isso implicar em recuar. Cede-se o ideal para avançar no real. Um pouco a mais de liberdade é melhor do que nenhuma liberdade.
Pontocritico.com
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