Com o propósito de ESCLARECER a opinião pública sobre a TRAGÉDIA FISCAL que impõe as medidas adotadas pelo governo para fazer frente ao CAOS ECONÔMICO, o professor Ricardo Bergamini faz uma correta ANALOGIA com um CONDOMÍNIO. Eis aí um trecho
A arrecadação da TAXA DE CONDOMÍNIO, ou CARGA TRIBUTÁRIA no caso do Brasil, em 2018, representou 33,26% do PIB.
Mas o CONDOMÍNIO, por diversos motivos, dispensou alguns apartamentos de pagarem as cotas condominiais. No caso do Brasil este valor representou, em 2018, 4,29% do PIB.
Com isso, o CONDOMÍNIO teve um DÉFICIT DE CAIXA. No caso do Brasil, em 2018, este DÉFCITI foi de 7,09% do PIB, ou seja, se não tivesse liberado os referidos condôminos de pagamentos, o déficit seria de apenas 2,80% do PIB.
No CONDOMÍNIO, sendo proibido endividar-se, haveria um aumento de CARGA TRIBUTÁRIA (rateio de cota extra) e tudo estaria resolvido. No Brasil, no entanto, sendo o eterno país do futuro, preferimos o ENDIVIDAMENTO. Assim, transferirmos os nossos problemas presentes para os nossos filhos e netos. Nesse caso, ocorre o abaixo colocado:
Em 2018, o Brasil gerou um DÉFCIT FISCAL NOMINAL da ordem R$ 487,4 bilhões (7,09% do PIB), que nada mais é do que CARGA TRIBUTÁRIA -DIFERIDA-. Assim sendo, a carga tributária efetiva em 2018 foi 40,35% do PIB (33,26% do PIB cobrada no ano corrente, mais 7,09% do PIB a ser cobrada no futuro).
Lembrando: em 2010 o estoque da dívida líquida da União (interna mais líquida externa) era de R$ 2.388,0 bilhões (61,46% do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.671,4 bilhões (82,32% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 33,94%. Em fevereiro de 2020 migra para R$ 6.182,6 bilhões (84,35% do PIB). Aumento real em relação ao PIB de 2,47%, comparativamente ao ano de 2018. Que tal?
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