Funcionários ainda possuem dúvidas sobre equipamentos de proteção e medidas de distanciamento
Correio do Povo
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec POA) realiza ações de fiscalização em supermercados após receber reclamações e relatos de funcionários com dúvidas sobre equipamentos de proteção adequados e medidas de segurança para manter o distanciamento entre os clientes que circularem dentro dos estabelecimentos. Os setores de Fiscalização e de Segurança e Medicina da entidade estiveram no Carrefour Albion, no bairro Partenon, nesta terça-feira.
“Algumas pessoas se diziam mais expostas por estarem na linha de frente, questionando se os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que receberam das empresas eram adequados. No Carrefour, está tudo certo”, contou a responsável pelo setor, Bruna Silva.
Segundo informações do Sindec, os procedimentos de segurança foram adotados em mercados inspecionados, como lojas da rede Zaffari, Nacional, Big, Assun, Centro Útil, Super Davi, Super Gomes e Super Kan. “Contatamos as redes desde a segunda semana da pandemia. Em alguns locais, não havia equipamentos e álcool gel, mas em outros, foi legal ver que muitos estabelecimentos tiveram iniciativa de fornecer o que os trabalhadores precisavam”, explicou Bruna.
Denúncias em pequenos mercados
De funcionários de pequenos mercados da cidade também chegaram denúncias, segundo o presidente do Sindec POA, Nilton Neco. “Isso aconteceu principalmente no início da pandemia. Quando o sindicato intensificou a fiscalização, nas maiores e menores empresas, notamos que a maioria delas está cumprindo com o decreto publicado pela Prefeitura”, disse Neco.
Além dos equipamentos aos funcionários, a entidade percebeu que grande parte dos estabelecimentos está disponibilizando álcool gel aos clientes e organizando o distanciamento adequado entre eles nas filas.
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou que, desde os primeiros dias da pandemia, as empresas do setor estão tomando todas as providências sanitárias e de higiene cabíveis para minimizar as chances de contágio do coronavírus e de outras enfermidades a funcionários, fornecedores e clientes em todo o Estado, conforme disposições de cartilha de boas práticas desenvolvida pela entidade no início de março.
Segundo a entidade, a adequação dos horários de cada loja, com a redução ou extensão do horário de atendimento, já vem sendo cuidadosamente planejada e executada pelas empresas para evitar aglomerações e garantir o pleno abastecimento dos consumidores e a segurança de todos.
Irregularidades no Estado
Desde o início da pandemia, o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) recebeu 720 denúncias de irregularidades relativas à Covid-19, em todos os setores. No Brasil, foram 10.361. Até o momento, foram instaurados 124 inquéritos civis (ICs) em todo o Estado somente sobre o novo coronavírus.
As reclamações vão desde a falta de proteção à saúde e à segurança do trabalhador até demissões em massa ou fraudes nas rescisões contratuais, entre outras queixas. O MPT-RS já destinou, até o momento, R$ 7,8 milhões de ações homologadas pela Justiça do Trabalho para combate e prevenção à doença em hospitais e instituições de saúde no Rio Grande do Sul.
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