Conversas com a CBF deverão definir protocolos para a volta das partidas
Agência Estado, Agência Brasil e Correio do Povo
O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que os jogos de futebol poderão ser retomados "em breve", mas com portões fechados no Brasil. Ele afirmou que vem mantendo conversas com a CBF e que serão adotados protocolos para garantir a segurança de atletas e todos os participantes.
"Isso será em breve. O povo brasileiro está em casa e quer assistir seus jogos de futebol, os campeonatos têm que ser retomados", afirmou, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira. "Não tem porque segurar a economia e impedir as empresas de, desde que não tenha impacto na saúde, voltar a funcionar", afirmou.
Costa reforçou que o governo trabalha para retomar a atividade econômica "de forma responsável". "Precisamos voltar a produzir. Precisamos ter futebol, reabrir bares e restaurantes, indústrias Isso precisa ser feita de forma planejada, com protocolos e sem colocar em risco a saúde das pessoas", defendeu.
O governo federal editou nesta segunda a Medida Provisória 958, que libera empresas e pessoas físicas de uma série de obrigações para que tenham acesso facilitado ao crédito bancário e sofram menos os impactos econômicos decorrentes da pandemia do novo coronavírus no País.
Na lista de facilidades, a MP dispensa os bancos públicos de exigirem dos clientes a apresentação de certidões de quitação de tributos federais, certificado de regularidade do FGTS e comprovante de regularidade eleitoral. A isenção não alcança tributos previdenciários.
"Não adianta facilitarmos os crédito se as empresas estão fechadas. Estamos trabalhando em plano de retomada econômica para voltar de forma cautelosa", reforçou Costa.
Programas novos
O secretário informou que o governo deverá anunciar, nos próximos dias dois novos programas de apoio a empresas afetadas pela pandemia de coronavírus. O primeiro será um programa de ajuda desenhado por um consórcio de bancos – públicos e privados – para grandes empresas dos cinco setores mais atingidos pela crise provocada pela covid-19.
Costa disse que o programa beneficiará empresas que faturam acima de R$ 300 milhões por ano e atuam nos seguintes setores: aviação, automotivo, varejo não alimentício e não farmacêutico, sucroalcooleiro e energia elétrica. No caso da energia, ele explicou que a ajuda será destinada a distribuidoras afetadas pelo aumento da inadimplência e pela redução do consumo, que não têm sequer os recursos que precisam repassar a transmissoras e geradoras.
O segundo programa a ser anunciado nos próximos dias pretende beneficiar médias empresas, que faturam a partir de R$ 4,8 milhões por ano. Um novo fundo garantidor de investimentos financiará o capital de giro dessas companhias. Segundo Costa, a grande vantagem do programa será a alavancagem. “Cada real [investido no fundo] poderá ser multiplicado, por cinco, seis, sete vezes. O desenho está ficando pronto”, disse.
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