Partidos fazem balanço da janela partidária no Rio Grande do Sul

Novas filiações buscaram fortalecer as nominatas para eleições de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá divulgar nesta semana o resultado das filiações com o fim do período da janela partidária, que ocorreu entre 5 de março e 3 de abril. Neste período, políticos puderam trocar de partidos sem perder os mandatos ou quem pretende concorrer em outubro fez a filiação. Enquanto os partidos fazem os balanços, algumas siglas contabilizam saldos positivos. 

Com levantamento fechado, o Progressistas (PP) aumentou o número de legisladores no Rio Grande do Sul. Nas eleições de 2016, o partido elegeu 1.140 vereadores e agora recebeu 181 vereadores, em função da janela partidária. Segundo o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, o ingresso das novas lideranças deve ser comemorado. “Temos orgulho de administrar 30% dos municípios gaúchos e por manter a sigla com a maior representatividade de todos os partidos nas Câmaras Municipais. Mesmo com o surgimento de novos partidos, mantivemos a nossa tradição e ainda aumentamos nosso total de vereadores”, analisa Bernardi.

No Estado, ele destacou o crescimento em três coordenadorias regionais: Missões, Alto Uruguai e Zona da Produção. Juntas, totalizaram o ingresso de quase 50 vereadores. Além disso, ressaltou o caso de dois municípios que receberam mais integrantes: General Câmara e Alpestre, ambos com cinco novos vereadores.

O MDB e o Democratas também contabilizam as filiações ocorridas durante a janela partidária. Segundo o presidente do Dem no Estado, Rodrigo Lorenzoni, ocorreu o ingresso de 25 vereadores com mandato no partido, o que deverá impulsionar projetos de candidaturas competitivas, inclusive majoritárias.

“O mais emblemático foi o que ocorreu em Porto Alegre, onde conseguimos trazer três vereadores. Com Ricardo Gomes, Comandante Nádia e Pablo Mendes Ribeiro, nossa bancada passou de dois para quatro integrantes, pois tivemos a saída de Claudio Conceição. Uma bancada com princípios muito alinhados aos valores do nosso partido e a segunda mais expressiva na Câmara.” Lorenzoni destaca que a Comandante Nádia é pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre. “Temos cerca de 40 pré-candidaturas, principalmente nos maiores municípios.”

O MDB, partido com o maior número de vereadores eleitos em 2016, com 1.168 vagas, ainda contabiliza as filiações. Em levantamento preliminar, a diferença é positiva entre os parlamentares que deixaram e aqueles que ingressaram no partido. Nos maiores municípios do Estado, com exceção de Porto Alegre (onde saíram três vereadores), não perdeu parlamentares, como em Alvorada, Bento Gonçalves, Cruz Alta, Erechim, Gravataí, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Rio Grande, São Leopoldo, Santa Cruz, Santa Rosa, Santo Ângelo e Viamão. Para o presidente do MDB, Alceu Moreira, o resultado é, entre outras, uma demonstração da organização partidária. Para ele, o fim da coligação para a disputa nas Câmaras é outro fator que favorece o MDB na manutenção do seu quadro de vereadores.

Correio do Povo