Em meados do ano passado, o governo federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei Complementar 149/2019, que estabelecia o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), apelidado de “Plano Mansueto”, referência ao secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. O texto era um enorme avanço em relação ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), instituído no governo de Michel Temer em 2017 para socorrer estados quebrados na renegociação de suas dívidas e que não tem levado aos resultados esperados. Enquanto o RRF primeiro aliviava os pagamentos dos estados devedores para só depois exigir contrapartidas – que, no caso do Rio de Janeiro, ainda não vieram –, o Plano Mansueto invertia a lógica: municípios e estados interessados só teriam acesso a novas operações de crédito garantidas pelo Tesouro Nacional se comprovassem a execução de pelo menos três de oito ações listadas no artigo 2.º do PLP 149, e que incluíam privatizações, teto de gastos, reformas contábeis e redução de benefícios fiscais. Ou seja: primeiro, prefeitos e governadores teriam de mostrar serviço, e só depois conseguiriam a renegociação de dívidas e acesso a crédito garantido pela União.
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