sábado, 4 de abril de 2020

Mulher de Santo Ângelo é a terceira morte por dengue no Rio Grande do Sul desde 2015

Número de cidades infestadas pelo mosquito transmissor também é o maior já registrado no estado

Mosquito Aedes aegypti transmite também Chikungunya e o Zika Vírus

Enquanto o Rio Grande do Sul está ocupado com o combate ao coronavírus, um inimigo já bastante conhecido segue agindo. A dengue segue sendo uma epidemia e ela fez uma vítima. Uma pessoa morreu em decorrência da doença em Santo Ângelo, na região noroeste do estado. É a terceira morte depois de cinco anos. Em 2015, duas mulheres morreram devido à doença, uma também em Santo Ângelo e outra em Panambi. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), com dados da situação de 15 a 21 de março, são 410 casos confirmados no RS neste ano.
Ainda conforme o relatório, destes 410 casos, 341 são autócnes. Isto é, foram contraídos dentro do Rio Grande do Sul. São pessoas contaminadas em Novo Hamburgo e São Leopoldo, Porto Alegre, Rio Grande, Sobradinho, Cruz Alta, Ibirubá, Quinze de Novembro e Selbach, Santana do Livramento, Cerro Largo, Rolador e Santo Ângelo, Santa Rosa e Santo Cristo, Boa Vista das Missões, Constantina, Jaboticaba e Miraguaí, Humaitá, Ijuí e Panambi, Capão da Canoa e Santo Antônio da Patrulha, Frederico Westphalen, Palmitinho, Taquaruçu do Sul, Tiradentes do Sul e Três Passos. Casos importados, de fora do estado, são 70.
A série histórica de 2010 a 2020, observa-se que este ano já realizou um número superior de notificações. Só fica atrás de 2010 e 2016. Dos 497 municípios gaúchos, 386 possuem infestações pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2019 eram 374. O inseto é o principal vetor de transmissão da doença. Ele ainda transmite a Febre de Chikungunya, que tem dois casos no estado, e também o Zika Vírus, com somente um caso confirmado, que foi contraído fora do RS.
A melhor forma de prevenção da dengue e das outras doenças transmitidas pela picada do Aedes, é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada em pontos que podem se tornar possíveis criadouros. Vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e até recipientes pequenos, como tampinhas, podem conter larvas do mosquito. Os cuidados devem seguir mesmo na época de inverno no sul. É preciso substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia, deixar a caixa d´água tampada e cobrir todos os grandes reservatórios de água, como as piscinas.
Os principais sintomas da dengue são febre alta (acima de 38,5ºC), dores musculares intensas, dor nos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A infecção pode ser sem sintomas, leve ou grave. Se for grave, a doença pode provocar perda de peso, náuseas e vômitos. O paciente com dengue precisa fazer repouso, ingerir bastante líquido (água) e não tomar medicamentos sem indicação médica.

Correio do Povo

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