sexta-feira, 10 de abril de 2020

Mortos por Covid-19 voltam a crescer e Itália deve ampliar quarentena até maio

Atuais medidas de restrição têm prazo de validade até 13 de abril

País vive cenário catastrófico com pandemia da doença respiratória viral

Depois de três dias consecutivos de queda no número de mortos por Covid-19, o indice voltou a subir na Itália, com 610 novos óbitos de quarta-feira para esta quinta. Assim, 18.279 pessoas já perderam a vida ante os 143.626 confirmados com a doença, de acordo com dados da Proteção Civil. Os curados somam 28.470. Em meio a esse cenário, o primeiro-ministro Giuseppe Conte estuda expandir a quarentena no país até 3 de maio, afirmaram fontes que estiveram em reunião com o político.
O governo ouviu os secretários da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), da Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores (CSIL) e da União Italiana do Trabalho (UIL) por videoconferência. Eles abordaram as restrições a serem adotadas após 13 de abril, quando as medidas anteriores expirarão e um novo decreto será assinado, com poucas exceções – entre essas, as livrarias, que reabrirão suas portas a partir de terça-feira. "O bloqueio vai durar até 3 de maio", disseram os sindicatos na saída. "O primeiro-ministro confirmou-nos que, até o momento, ainda não há condições para reiniciar as atividades suspensas", disse o secretário da UIL, Carmelo Barbagallo. 
O ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, envia uma mensagem enfática à população: "O governo tem ideias claras: devemos garantir a saúde dos italianos. Com a saúde em risco, não há economia". Ele especificou que a prioridade é proteger a região da Lombardia (ao norte, a mais afetada) e todos os seus hospitais. Somente depois disso que a Fase 2, de reabertura do comércio, será avaliada.
Para isso, o presidente do Conselho Superior de Saúde (CSS), Franco Locatelli, pediu cautela. "Pessoalmente, acredito que as políticas que serão escolhidas talvez devam ter um caráter nacional e não regional, melhorando os perfis de risco dos trabalhadores. Olhar primeiro para as profissões e não para as áreas geográficas? Basicamente, sim", defendeu durante conferência de imprensa para da Proteção Civil.

Correio do Povo

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