Ministro frisou que inimigo é o Covid-19, mas lembrou de críticas que atrapalham trabalho
Correio do Povo
Após um dia tenso de especulações sobre sua saída, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, confirmou que seguirá à frente da pasta. "Vamos continuar, pois continuando a gente vai enfrentar o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome: Covid-19", frisou.
Antes, Mandetta indicou que o ministério teve muitas dificuldades ao receber críticas sempre que anunciava uma medida para conter o coronavírus. "A crítica construtiva enobrece, gostamos. Temos dificuldade quando as críticas não vem para construir e, sim, dificultar o ambiente de trabalho. Eu não preciso traduzir, vocês sabem. Adotamos uma determinada linha e termos que voltar e fazer contrapontos" relatou.
O ministro reconheceu que a pressão acentuada nesta segunda-feira afetou o trabalho na pasta. "Hoje foi um dia em que o trabalho rendeu menos", admitiu, revelando a tensão causada pela possível demissão - a notícia de sua demissão ganhou os corredores de Brasília ao longo do dia. "Foi um dia emocionalmente muito duro para todos. Alguns colegas chegaram a limpar as gavetas, ajudaram até mesmo a limpar as minhas gavetas", revelou.
Mandetta frisou que as restrições estipuladas pelos governos dos estados deverão ser mantidas enquanto não houve segurança na estrutura de trabalho e estoque de medidas protetivas aos médicos.
O momento de crise no Ministério ocorreu enquanto o Brasil contabilizava 553 mortes causadas por Covid-19 e cerca de 12 mil casos.
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