Demissão do ex-diretor-geral da Polícia Federal foi pivô da saída do ex-ministro Sérgio Moro do governo Jair Bolsonaro
O juiz federal Ed Lyra Leal, da 22ª Vara Federal do Distrito Federal, negou liminar aos senadores Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade, para suspender a exoneração do ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, pivô da saída do ex-ministro Sérgio Moro do governo Jair Bolsonaro. A decisão mantém a demissão do ex-chefe da PF.
Os parlamentares também pediam à Justiça que barrasse novas nomeações na Polícia Federal que pudessem vir a ser feitas pelo por Bolsonaro após a saída de Valeixo. A justificativa seria a revelação de Moro sobre a tentativa do presidente em intervir na autonomia da corporação, que investiga casos que preocupam o Planalto.
De acordo com o juiz Leal, no entanto, os senadores não apresentaram "demonstração inequívoca" de suposto desvio de finalidade da presidência ao demitir Valeixo.
"Porquanto juridicamente irrelevantes a comunicação e a anuência do Ministro da Justiça, a exoneração em comento pode ocorrer de ofício pela manifestação exclusiva da vontade do Presidente da República, vale dizer, mesmo uma vez demonstrada a eiva e reconhecida a consequente invalidade do ato, novo decreto com a exoneração de ofício pode produzir os mesmos efeitos", disse o magistrado.
Segundo o juiz, atender o pedido poderia violar a separação dos Três Poderes visto que ele representa "drástica intervenção" nas competências do presidente da República, do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
Senadores lembraram declaração de Moro que não assinou o ato que exonerou Valeixo, mas o juiz considerou que é necessário aguardar prova da União. Após as declarações do ex-ministro da Justiça, o governo federal editou um novo decreto em que admita um "erro" no documento de exoneração do ex-chefe da PF. A nova versão não constava a assinatura de Moro.
R7 e Correio do Povo
Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 211.350 mortos e 3.052.245 contaminados no mundo e 4.543 mortos e 66.501 contaminados no Brasil.
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INÍCIO PREOCUPANTE
Há pouco mais de uma semana no cargo de ministro da Saúde, Nelson Teich tem sido criticado por secretários estaduais de Saúde pela demora na entrega de equipamentos. "A sensação é de abandono", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame. Um dos atrasos mais sentidos é o da entrega dos 2.000 kits de UTIs, anunciados há um mês. Destes, só 17% foram distribuídos. Respiradores e testes rápidos também não chegaram. Enquanto o número de casos e mortes aumenta, Teich é acusado de não perceber a urgência da crise e se preocupar mais em criar planilhas de custos. O início preocupa.
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MITOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
A pandemia do novo coronavírus fez com que um dos sistemas do nosso corpo, o imunológico, ganhasse muita importância. Com disso, alguns mitos ao redor do tema foram criados, como a ideia de que o sistema é como um exército preparado para derrotar qualquer ameaça ou que devemos "turbiná-lo" para combater os inimigos do nosso organismo. Mas não é bem assim. Em entrevista exclusiva a VEJA, o escritor de 'Imune – A extraordinária história de como o organismo se defende das doenças', Matt Richtel, desmonta essas afirmações. "Acho que uma das coisas mais importantes que aprendemos sobre o sistema imunológico é que ele precisa de equilíbrio."
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NO VERMELHO
Para além da doença em si, o novo coronavírus trouxe outra preocupação para o país: o declínio da atividade econômica. A paralisação causada pelo isolamento social fez com que as receitas com impostos de estados e municípios despencassem . Por causa disso, governadores e prefeitos, juntos com Rodrigo Maia, articularam um projeto para compensar as perdas, num pacote de 86,9 bilhões de reais. O tema, porém, é controverso e a equipe econômica do governo federal torceu o nariz para a proposta, oferecendo um auxílio de 40 bilhões de reais, considerado baixo pelos estados. O texto segue no Senado enquanto as duas partes tentam se entender.
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ALÍVIO EM WUHAN
A China anunciou que não há mais pacientes internados com coronavírus na cidade de Wuhan, onde a doença surgiu em dezembro do ano passado. As últimas doze pessoas que ainda estavam em hospitais receberam alta no domingo. Além disso, autoridades anunciaram que não houve morte ou contaminação na província de Hubei, onde Wuhan está localizada. Ainda assim, a China, que soma 83.938 casos e 4.637 óbitos, mantém cautela quanto à flexibilização das medidas de isolamento por todo o país para evitar uma nova onda de contágio. A entrada de turistas no gigante asiático também é controlada. De todo modo, uma boa notícia vinda do outro lado do mundo.
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INFLUENCERS SEM LIMITES
Após organizar uma festa em sua casa em plena pandemia, a influencer Gabriela Pugliesi, que já teve Covid-19, se deu um autogolpe. Como resultado, ela perdeu o contrato com todos os seus anunciantes e decidiu desativar sua conta no Instagram - estratégia usada em tempos de crise para evitar uma fuga de seguidores. O episódio é mais um em que influenciadores desrespeitam a quarentena e saem completamente do tom durante a crise sanitária na busca incessante por likes. A dificuldade em entender que isolamento e ostentação não combinam tem custado likes nas redes sociais, como mostra reportagem de VEJA desta semana.
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