Momento adequado poderia ser quando o número de novas infecções for zero, ou próximo disso, em todo o território
AFP e Correio do Povo
A Itália estuda um plano para sair do confinamento e retomar as atividades, após o anúncio do ministro da Saúde de prorrogação do isolamento até 12 de abril, devido à pandemia do novo coronavírus.
Autoridades italianas, entre elas o premier, Giuseppe Conte, insistem em que o retorno do país a suas atividades tem que ser gradual.
Momento adequado
O momento adequado par retomar as atividades poderia ser quando o número de novas infecções for zero, ou próximo de zero, em todo o território. Para especialistas, este momento poderia acontecer entre 5 e 16 de maio, segundo a região.
Em Trentino-Alto Adige, extremo norte, esse limite poderia ser em 6 de abril; no Valle de Aosta (norte), em 8 de abril; em Puglia, no dia seguinte; e em Lazio, em 16 de abril, segundo estimativas do Instituto Einaudi de Economia e Finanças (Eief) publicadas hoje pelo jornal "Il Corriere della Sera".
Nas regiões do Norte, as mais afetadas pela doença, esse nível deve ser alcançado em 14 de abril, no Vêneto; em 22 de abril, na Lombardia; e em 28 de abril, na Emiglia-Romana. A Toscana concluiria o ciclo em 5 de maio. A incerteza persiste em algumas regiões, como a Campânia.
Os testes, um elemento-chave
O presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli, opina que, para reativar o país, é necessário realizar testes serológicos e comprovar a presença de anticorpos no sangue, de forma a identificar como o coronavírus se propagou, e contar com informações relevantes sobre a "imunidade de grupo", elemento-chave para proteger toda a população.
"A prioridade é a saúde, mas deve ser compatível com os aspectos econômicos, para evitar uma crise ainda mais difícil", assinalou hoje o jornal romano "Il Messaggero".
A proposta do presidente da região do Vêneto, Luca Zaia, é estudada com atenção. O líder político quer introduzir uma "autorização de circulação" que certifique, com um teste serológico rápido, que um indivíduo não pode transmitir a doença.
"A experiênia científica nos diz que é um enfoque correto", explica Maurizio Sanguinetti, especialista em doenças infecciosas da Fundação Hospital Gemelli, de Roma. O cientista considera que é possível usar uma máquina, que o hospital deverá receber na próxima semana, "que realiza cerca de 1,4 mil testes por dia", afirmou.
Para o estudioso, é necessário combinar testes serológicos, que detectam anticorpos específicos, e testes moleculares, que buscam a presença do vírus no corpo.
AFP e Correio do Povo
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