Clube projeta déficit nas receitas ao redor dos R$ 28 milhões
Correio do Povo
A previsão inicial já sofreu mudanças. O Grêmio, quando do início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, estimava uma perda de receita na casa dos R$ 20 a R$ 25 milhões para os próximos meses. Mas as incertezas e a dura realidade em todos os setores da economia no país já fazem o clube projetar um aumento no déficit de receitas para R$ 28 milhões. E o número não é definitivo, muito pelo contrário, há a tendência de que aumente ainda mais.
Quanto mais prolongada a parada, maior será o prejuízo. Por enquanto, não há nenhuma sinalização de quando serão retomadas as competições nacionais e a Libertadores da América. “O quadro é de imprevisão. A situação é muito séria e difícil, isso está ocorrendo por tudo”, destaca o vice de futebol do clube, Paulo Luz.
Os salários dos jogadores já sofreram cortes – a direção não revelou valores – e houve negociação para prorrogar o pagamento dos direitos de imagem. “Terá de ser um ano de muitos cuidados por parte dos clubes”, diz Paulo Luz. Especula-se que os reflexos causados pela epidemia e a consequente crise financeira se estendam até a temporada do próximo ano.
Há outros aspectos preocupantes, não só para o Grêmio como para os demais clubes do futebol brasileiro. A crise pode fazer com que os patrocinadores invistam menos, ou até mesmo deixem de injetar dinheiro no esporte. “Se você não produz dinheiro, o futebol vai se ressentir disso. Os patrocinadores, a emissora detentora dos direitos de transmissão, eles também terão perdas. Todo esse quadro compromete patrocínios e receitas”, lembra o dirigente.
O Grêmio tem contado com a fidelidade dos associados para não ver suas receitas serem ainda mais comprometidas. No mês de março, praticamente não houve queda. A venda na loja oficial está sendo feita virtualmente.
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