A investigação começou pelo leite
Foto: Reprodução de internet
Diante da crise do novo coronavírus, que provocou uma corrida aos supermercados, o governo federal começou a monitorar os preços de alguns alimentos no País. O objetivo é saber se está existindo aumento abusivo. A investigação iniciou pelo leite.
O processo começou no fim de março, quando a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, aceitou uma denúncia feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) sobre um aumento de cerca de 30% no preço do leite.
A Senacon procurou produtores de laticínios e a ABLV (Associação Brasileira do Leite Longa Vida) para que prestassem esclarecimentos. Agora, os técnicos estão checando os dados enviados por essas empresas.
“Queremos deixar claro que não tem intenção de tabelamento de preços no País. O sistema é de livre mercado, mas existem alguns limites”, afirmou o chefe da Senacon, Luciano Timm. “A legislação proíbe aumento arbitrário de lucros e preços abusivos. Queremos investigar onde está o problema: causa econômica, que pode ocorrer neste momento de pandemia, ou oportunismo”, acrescentou.
A investigação deverá durar cerca de um mês. Caso seja comprovado algum indício de má-fé das empresas, o ministério abrirá um processo administrativo, que, ao final, poderá render multa de até R$ 9,9 milhões para cada envolvido, a depender do faturamento.
Outro alimento que está no radar do governo é o feijão, mas ainda não está em investigação. Tradicional no prato do brasileiro, o grão subiu cerca de 70% no mercado interno nos últimos 30 dias.
O Sul
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