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domingo, 26 de abril de 2020

Final de semana para realizar coletas da segunda fase da pesquisa para mapear Covid-19 no RS

Estudo é realizado pela Universidade Federal de Pelotas em parceria com o governo do Estado, UFCSPA e outras 11 instituições de ensino superior

Pequisa começou a ser realizada neste final de semana

O estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas em parceria com o Governo do Estado, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e outras 11 instituições de ensino superior do Rio Grande do Sul entrou em sua segunda fase. Deste sábado hoje até o dia 27, serão realizados 4,5 mil testes rápidos e entrevistas em nove cidades gaúchas.
A pesquisa tem como objetivo mapear os casos de coronavírus no estado, avaliar a velocidade de disseminação da Covid-19 e fornecer subsídios para estratégias de saúde pública baseadas em evidências científicas. Na prática, segundo a professora Helena Schirmer, que integra a equipe colaboradora da pesquisa pela UFCSPA, na Capital, esta segunda rodada do estudo não tem diferença em relação à primeira.
Para realizar as entrevistas e testes rápidos para a Covid-19 na população, entrevistadores da pesquisa estarão visitando 500 domicílios neste final de semana em cada uma das cidades sentinela das regiões demográficas do RS segundo critérios do IBGE: Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Caxias do Sul. Em cada município, serão sorteados aleatoriamente os domicílios que participarão no estudo e, em cada domicílio, um novo sorteio determinará o morador que irá realizar o teste rápido.
Os entrevistadores são todos estudantes ou profissionais da área da saúde que estão atuando de forma voluntária. Eles estão identificados com crachás do estudo e utilizam equipamentos de proteção individual – máscaras, óculos, luvas e jalecos. Neste sábado, as biomédicas Estefany Carolina Ghisio, 23 anos, e Caroline Silveira, 24, ambas mestrandas na UFCSPA, percorreram as ruas do bairro Bom Fim para fazer as coletas. Durante a visita, assim como outros entrevistadores, elas aplicaram um breve questionário e coletaram uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante para realização do teste rápido.
“O nosso principal problema em realizar o trabalho são pessoas que estão se passando por nós, o que acaba gerando algumas recusas”, denuncia Estefany.
De acordo com Helena, esta segunda fase do estudo “é justamente pra verificar se com o passar do tempo, mais pessoas podem vir estar se contaminando ou entrando em contato com o vírus e desenvolvendo imunidade, anticorpos ou não”. O teste detecta a presença destes anticorpos, que são as defesas produzidas pelo organismo e que aparecem somente depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus. Em caso de resultado positivo, os participantes recebem um informativo com orientações e, em seguida, são contatados para acompanhamento e suporte da secretaria de saúde local.
Segundo a professora, as rodadas de aplicação do teste e as entrevistas seguirão a cada 15 dias. A primeira etapa foi realizada entre os dias 11 e 13 de abril e as próximas deverão ocorrer entre 9 a 11 de maio e entre 23 a 25 de maio. Os custos do estudo, de R$ 1,5 milhão, têm financiamento da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da Capital, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro. Os resultados estarão sendo divulgados em aproximadamente 48 horas após a finalização de cada nova fase da pesquisa. Na web, é possível saber mais sobre os resultados da primeira etapa da pesquisa, acessando o site.

Correio do Povo

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