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quinta-feira, 16 de abril de 2020

Famurs aprova decisão de Leite que flexibiliza regras para a maioria das cidades

Medidas restritivas seguem valendo até o fim de abril para 48 cidades das regiões Metropolitana e da Serra

A entidade também avaliou que, levando em conta dados científicos, os prefeitos se sentem mais seguros para embasar as decisões locais que tomarão

Após o governador Eduardo Leite ter anunciado, nessa tarde, a implementação do chamado “distanciamento controlado”, que mantém medidas restritivas de isolamento apenas em 48 cidades das regiões Metropolitana e da Serra, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) informou que já previa um regramento nesse sentido. A entidade também avaliou que, levando em conta dados científicos, os prefeitos se sentem mais seguros para embasar as decisões locais que tomarão.
“A demanda principal da Famurs é que precisamos ser guiados pela ciência, por estudos técnicos, valorizando a vida e a saúde de nossa população. Como não temos esta expertise, o Estado deve ditar as regras. Se o governador está agindo realmente com base nesses dados apresentados, o decreto atende as nossas expectativas”, afirmou, em nota, o presidente da Federação e prefeito de Palmeira das Missões, Dudu Freire (PDT).
Na prática, com a nova medida de flexibilização parcial, cabe aos prefeitos de 449 das 497 cidades gaúchas definirem regras próprias para o funcionamento do comércio e das atividades em geral.
Em 26 de março, em meio às medidas de isolamento adotadas pelo governador, Freire defendeu um decreto único para evitar a tomada de decisões diferentes em nível estadual. Na ocasião, o presidente da Famurs reiterou a necessidade de ações sanitárias para blindar a propagação do coronavírus. “Eu não vou juntar cadáver no meu município”, mencionou.
Veja as cidades onde as restrições ao comércio se mantêm:
Região Metropolitana de Porto Alegre
Alvorada
Araricá
Arroio dos Ratos
Cachoeirinha
Campo Bom
Canoas
Capela de Santana
Charqueadas
Dois Irmãos
Eldorado do Sul
Estância Velha
Esteio
Glorinha
Gravataí
Guaíba
Igrejinha
Ivoti
Montenegro
Nova Hartz
Nova Santa Rita
Novo Hamburgo
Parobé
Portão
Porto Alegre
Rolante
Santo Antônio da Patrulha
São Jerônimo
São Leopoldo
São Sebastião do Caí
Sapiranga
Sapucaia do Sul
Taquara
Triunfo
Viamão
Região Metropolitana da Serra Gaúcha
Antônio Prado
Bento Gonçalves
Carlos Barbosa
Caxias do Sul
Farroupilha
Flores da Cunha
Garibaldi
Ipê
Monte Belo do Sul
Nova Pádua
Pinto Bandeira
São Marcos
Santa Teresa
Nova Roma do Sul

Rádio Guaíba e Correio do Povo


A quinta-feira traz nova leva de dados de desemprego nos EUA, número que se tornou um ritual semanal sobre os impactos do coronavírus na economia global. A Desperta destaca também a discussão no STF sobre redução da jornada no Brasil, a queda de braço entre Mandetta e Bolsonaro e os resultados do grupo de luxo LVMH. Boa leitura.
Loja da Louis Vuitton: projeção de queda de 10% a 20% na receita do grupo LVMH | REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo
1 - MAIS DESEMPREGO NOS EUA
As quintas-feiras viraram um dia crítico para mapear o peso do coronavírus sobre a economia. É quando os Estados Unidos divulgam o dado semanal de pedidos de seguro desemprego, cujos números já passaram de 15 milhões de pessoas nas últimas três semanas, um recorde absoluto. A expectativa nesta quinta-feira, 16, é que o número passe de 20 milhões. Em poucas semanas, o desemprego pode ter ido da casa dos 3% para mais de 10%, com projeção de chegar a até 20%. O Fundo Monetário Internacional prevê queda de 5,9% na economia americana em 2020, acima da previsão de 3% para o mundo e de 5,3% para o Brasil. Enquanto o pacote de 2,3 trilhões de dólares do governo dos EUA animou os mercados nas últimas semanas, a temporada de balanços das empresas vem fazendo o mundo real se impor. Ontem, o Ibovespa recuou 1,36%, e o S&P 500 caiu 2,20%. Nesta quinta-feira, Tóquio fechou em queda de 1,3%, e Hong Kong recuou 0,58%. Mas na Europa, onde países como Alemanha, Itália e Espanha vêm reduzindo as medidas de isolamento, bolsas abriram em alta e o índice europeu Stoxx 600 subia 0,7% às 7 horas. 
2 - MANDETTA: SAÍDA PRÓXIMA?
A aparente trégua na queda de braço entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durou poucos dias. Ainda não há definição oficial sobre a possível saída do ministro, mas Bolsonaro começará a receber nesta quinta-feira, 16, cotados para sucedê-lo na pasta. O conflito mais recente entre o ministro e o chefe do executivo envolve o pedido de demissão do Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. Servidor da pasta há 16 anos, ele solicitou exoneração na manhã de quarta-feira, 15. No fim da tarde, Mandetta disse em coletiva que negou o pedido, mas adotou tom de despedida e admitiu que há um descompasso entre a equipe técnica da Saúde e o presidente. A gota d’água teria sido uma entrevista do ministro ao Fantástico no domingo, 12. O Brasil deve atingir hoje os 30.000 casos confirmados da covid-19 (o boletim de ontem apontava 28.320 casos). As mortes já passam de 1.730.
3 - STF E REDUÇÃO DA JORNADA
A Medida Provisória 936, que permite a redução de salário e jornada ou até a suspensão do contrato de trabalho, volta a ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 16. O tema vai ao plenário virtual da Corte, que delibera sobre a necessidade do aval de sindicatos nos acordos individuais. Na semana passada, uma decisão liminar foi tomada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que entendeu que o acordo sem participação do sindicato violaria a Constituição. Mesmo sem a mediação de sindicatos, os acordos individuais entre patrões e empregados já estão valendo. A estimativa é que mais de 1 milhão de empregados já tiveram seus contratos suspensos com base na MP. Pela proposta, o governo banca parte do salário reduzido via seguro-desemprego parcial (entre 25% e 70%) ou total (no caso de suspensão do contrato). 
4 - O PIB DA CHINA
O impacto do novo coronavírus na economia chinesa torna-se mais preciso na noite desta quinta-feira, 16, quando o governo de Pequim divulga os dados do Produto Interno Bruno (PIB) do primeiro trimestre. Analistas ouvidos pela agência Reuters esperam queda de 6,5% em relação ao ano passado, mas há projeções de mais de 8%. Este deve ser o pior desempenho trimestral da economia chinesa em pelo menos 30 anos e a primeira retração desde que os dados começaram a ser divulgados, na década de 90. O Fundo Monetário Internacional estima que o PIB da China terá crescimento de apenas 1,2% em 2020, ante alta de 6,1% registrada em 2019. As fábricas e o comércio no país ficaram paralisados em boa parte do ano diante do coronavírus, e só voltaram nas últimas semanas. A preocupação agora é com a queda nas exportações, que já caíram mais de 17% no ano. 
5 - CRISE CHEGA AO LUXO
Historicamente imune às crises, o mercado de verá uma história diferente neste ano. A principal mostra do impacto do coronavírus vem nesta quinta-feira, 16, com o balanço do primeiro trimestre do conglomerado LVMH, dono de Louis Vuitton e Christian Dior e maior conglomerado de luxo do mundo. Com lojas e fábricas fechadas, o grupo antecipou que a queda de faturamento poderia ficar entre 10% e 20%. No ano passado, o LVMH comprou a icônica rede americana Tiffany e registrou faturamento recorde de 53,7 bilhões de euros, alta de 15% ante 2018. O ano histórico fez o controlador Bernard Arnault virar o terceiro homem mais rico do mundo — já em 2020, Arnault perdeu até agora quase 31 bilhões de dólares em patrimônio. Outras empresas do segmento de luxo devem sofrer: a projeção é de queda de 15% na Kering, dona da Gucci, e de até 50% na Burberry, cuja receita vem sobretudo da Ásia. 
Sobre o que as pessoas estão falando entre reuniões
 
PEC DO ORÇAMENTO DE GUERRA
O Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição em primeiro turno. O segundo turno ficou para sexta, 17, e, como o texto foi alterado, volta à Câmara na sequência. A PEC permite que os gastos com a crise do coronavírus sejam contabilizados à parte do orçamento principal e autoriza o Banco Central a atuar no mercado secundário. Entenda ponto a ponto
PUSH DO BEM
Por meio de geolocalização, a operadora de telefonia Claro vai passar a notificar clientes com sugestões de comércio e serviços disponíveis em seus bairros. Chamada de “Push do Bem”, a iniciativa busca apoiar pequenos negócios na crise.
NOVO IPHONE SE
A Apple anunciou uma nova geração do iPhone SE, versão mais barata do aparelho, a partir de 399 dólares. A empresa tenta ganhar mercado em meio à crise e após perder a posição de segunda maior fabricante para a Huawei em 2019.
VANTAGEM OU NEM TANTO?
A pausa de 60 dias no financiamento de imóvel oferecida pelos bancos pode levar o comprador a pagar o dobro do valor no fim do contrato, segundo cálculo feito pela EXAME. Isso porque juros são somados ao saldo devedor. 
PACOTÃO DAS AÉREAS
O resgate de 10 bilhões de reais pode dar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 20% ou mais do capital das companhias. Fatia que chegue a 30% é vista pelo setor como "exagerada". 
Como investir
 
O que comprar em meio à crise? O time de analistas da Exame Research lançou o relatório "Mais luzes no fim do túnel", com recomendações de oportunidades e investimentos. Para baixar, faça seu cadastro e acesse gratuitamente por um mês análises, carteiras e recomendações de ações e fundos. Participe também do grupo no Telegram, onde a equipe de análises traz comentários diários. 
exame.talks

11h30 - Mario Ghio, diretor-presidente da Somos Educação, e Chaim Zaher, presidente do grupo SEB
Educação em tempos de coronavírus

15h - Carolina Ferraz, atriz
Os desafios do entretenimento 

18h - Camila Coutinho, designer, blogueira e fundadora do Garotas Estúpidas
O trabalho dos influencers

20h - Masterclass com Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da B3
Lições de um bilionário


Nos horários acima, assista às transmissões ao vivo na página inicial do site e em nosso canal no YouTube
O céu de São Paulo produziu um espetáculo de cores nos últimos dois dias. Sempre foi assim, mas agora as pessoas, confinadas em casa, têm mais tempo de olhar a paisagem de suas janelas? Seja qual for o motivo do fenômeno, nesta quarta-feira, 15, o céu voltou a apresentar um pôr-do-sol em tons fortes de vermelho, rosa e laranja, bem diferente das cores apagadas por trás de nuvens e da camada de poluição. Imagens do fim de tarde voltaram a inundar as redes sociais. A EXAME fez um compilado de algumas delas.





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