Em encontro remoto realizado nesta quinta-feira (23), lideranças das entidades comerciais de Porto Alegre voltaram a conversar sobre a retomada das atividades na Capital com o prefeito Nelson Marchezan Jr. A reunião, promovida por Sindilojas Porto Alegre, CDL Porto Alegre e Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), teve como objetivo questionar a administração pública sobre os planos para a reabertura do comércio, possibilitando as vendas para o Dia das Mães. No entanto, o prefeito informa que ainda não há evidências que suportem um plano para a liberação das atividades no setor para os próximos dias.
Ao apresentar dados do sistema de saúde, Marchezan Jr. defendeu o sucesso das medidas restritivas para o achatamento da curva de contágio por Covid-19 em Porto Alegre. “Nós entendemos que isso aconteceu em virtude das medidas tomadas, que parecem ter acontecido no prazo correto para chegarmos no resultado. Seguimos uma lógica para a flexibilização que vai além de liberar, favorecer um setor ou adotar um protocolo de funcionamento. Todas as decisões que tomamos, certas ou erradas, têm efeito em 15 dias”, disse o prefeito.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, destacou que as Entidades buscam uma posição quanto à reabertura para que os lojistas possam contribuir para o planejamento. “Temos total interesse em aderir aos protocolos de saúde, mas sem uma posição clara sobre o que vai acontecer, não conseguimos partir para ações concretas. O comércio fechado vai gerar um grande desemprego e isso angustia a todos. Precisamos nos unir para encontrar soluções.”
Para Irio Piva, presidente da CDL Porto Alegre, essa união é essencial e as entidades comerciais são um agente importante para a organização das ações de retomada. “Queremos ajudar no que for necessário, em segurança e saúde, mas também preservar empregos e renda. A medida que o comércio volta a funcionar, ajuda não só na arrecadação da cidade, mas também na conscientização das pessoas sobre a importância de utilizar máscaras, cuidar da higiene e da saúde. Nós queremos fazer parte da solução”, declarou.
A retomada imediata, mantendo os protocolos de segurança, também foi defendida pela vice-presidente da ACPA, Suzana Vellinho. “Estamos todos em uma mesma comunidade. Não defendemos o antagonismo, mas a composição de esforços e empenhos na busca por soluções para os negócios e para a saúde. Precisamos encontrar uma forma comum de operarmos, abrindo de forma gradativa e responsável”, enfatizou.
Com a falta de perspectiva por parte da prefeitura para a reabertura das lojas, as lideranças uniram-se para apresentar, nos próximos dias, um plano de flexibilização gradual dos segmentos. Baseado em dados do comércio, o documento deve contribuir para a tomada de decisão. Ao final do encontro, o prefeito solicitou mais reuniões com as lideranças para que as discussões e análises evoluam em conjunto.
Sindilojas Porto Alegre
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