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domingo, 26 de abril de 2020

Embraer acusa a Boeing de encerrar "indevidamente" acordo de compra

Empresa brasileira disse que americana fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos

Embraer divulgou comunicado neste sábado

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer acusou, neste sábado (25), a americana Boeing de "rescindir indevidamente" o contrato de compra de sua divisão comercial, usando "falsas alegações" para evitar cumprir seus compromissos.
"A Embraer acredita firmemente que a Boeing rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação (MTA) e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação e pagar à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões", disse a brasileira em comunicado.
De acordo com a Embraer, a "Boeing adotou um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA, devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação". 
A empresa brasileira disse que "buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA".

Rescisão

A Boeing anunciou neste sábado que rescindiu o acordo para adquirir a divisão de aviões comerciais da Embraer. As companhias planejavam formar uma joint venture na qual a Boeing teria 80% da participação nessa divisão. Os 20% restantes permaneceriam sob controle da brasileira.
O acordo deveria ser finalizado até sexta-feira. Mas a Boeing explicou neste sábado que exercia seu direito de desistir do contrato por a Embraer não atender às condições necessárias, segundo comunicado de imprensa.
"A Boeing trabalhou diligentemente nos últimos dois anos para concluir a transação com a Embraer. Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas", justificou Marc Allen, responsável da Boeing para esta parceria com a Embraer.

AFP e Correio do Povo


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