sexta-feira, 10 de abril de 2020

Dunga arrecada e doa meia tonelada de alimentos em Canoas (RS)

Capitão do tetra realiza diversos trabalhos sociais ao lado de amigos

Ex-jogador e ex-treinador da Seleção Brasileira foi na loja Macromix receber as doações

O ex-jogador e ex-treinador da Seleção Brasileira, Dunga, arrecadou e doou nesta quinta-feira meia tonelada de alimentos para a Escolinha Vencendo Gigantes, de Canoas, na região Metropolitana. Os alimentos foram doados pela UnidaSul, holding que administra as redes Supper Rissul e Macromix Atacado. Acompanhado de amigos que realizam trabalhos sociais, Dunga foi pessoalmente receber as doações na loja Macromix da cidade.
Capitão do tetra, Dunga realiza trabalhos sociais desde os tempos de atleta, os quais ganharam mais relevância em tempos de pandemia. “A gente faz porque gosta, a sociedade e o futebol nos deram muito, e isso é uma forma de retribuir.” Ele avalia que o trabalho de pessoas com projeção como ele pode inspirar novas ações. “A gente tenta mostrar um caminho para as pessoas.”
Dunga se mostra preocupado com o futuro pós-crise e as consequências sociais causadas pela Covid-19. “O grande risco social é transformar uma parte das pessoas em moradores de rua. Temos que deixar de ser um pouco egoístas, a gente não pode pensar só em nós nesse momento.”
Gerente do supermercado que doou os alimentos, Marco Antônio Wagner, diz que tem visto muitas pessoas sendo mais solidárias. “Temos visto os clientes comprarem cestas básicas para dações”, relata ele. Também conta que percebeu uma mudança no perfil de compras dos clientes, embora o movimento não tenha alterado. “Estão vindo como antes, mas sentimos que têm consumido o básico.”
Wagner relata que a empresa tem visto de perto os impactos sociais causados pelo novo coronavírus, e por isso tem realizado doações. “Trabalhamos com venda de alimentos, além de estarmos preocupados com nossos colaboradores, temos sentido a necessidade de colaborar com a sociedade.” A rede está entregando 3,9 mil kits de higiene e alimentação em 23 cidades para ajudar no combate à doença.
Correio do Povo

RADICALISMO EM XEQUE
Em meio ao doloroso avanço da pandemia, pelo menos um reflexo positivo já começa a ser percebido: o coronavírus furou a bolha do radicalismo . O discurso obscurantista baseado mais em extremismos do que nos fatos perdeu terreno na crise, cedendo lugar a decisões pautadas pelo equilíbrio e pela ciência. Não à toa, a popularidade de Luiz Henrique Mandetta subiu. O ministro da Saúde foi alçado à condição de ícone da resistência do saber técnico. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro, sempre em busca de respostas simples para problemas complexos, amarga queda de aprovação com seu comportamento errático no enfrentamento da Covid-19.  
 
GUEDES NO ESCURO
O planejamento de políticas públicas para ajudar os mais atingidos pela crise econômica provocada pelo coronavírus esbarra na falta de dados de qualidade sobre a população brasileira. Um exemplo da desorganização: o governo não sabe ao certo se são 15 ou 20 milhões o total de trabalhadores informais no país. Outro: o Caged, que reúne dados sobre contratações, demissões e salários, ainda não tem nenhum número oficial registrado no ano de 2020. Esse apagão estatístico deixa os ministérios da Economia e da Cidadania no escuro e torna muito mais difícil saber se o auxílio vai mesmo chegar a todos aqueles que precisam. 
 
A QUARENTENA AFROUXOU
Ao mesmo tempo em que o número de mortes por Covid-19 no Brasil se aproxima do milhar – o país tem 941 óbitos e 17.857 diagnósticos positivos –, o estado com a maior ocorrência de casos registrou uma preocupante queda no isolamento. De acordo com o governo de São Paulo, apenas 49% das pessoas ficaram em casa na quarta-feira 8, o menor índice desde o início da crise. A meta das autoridades é atingir 70%. As orientações buscam "achatar a curva" de contágio e evitar o colapso do sistema de saúde. Diante do afrouxamento, João Doria ameaçou adotar medidas  como multa e até prisão caso a população não volte a respeitar a quarentena. 
 
O FATOR MANDETTA
O titular da Saúde costuma dizer que só quer saber de "trabalhar" contra o coronavírus, sem dar ouvidos aos ruídos da política. O problema do ministro é que seus próprios colegas de governo estão dificultando esse objetivo. Na quinta-feira 9, Onyx Lorenzoni e Osmar Terra foram flagrados defendendo sua saída em uma conversa de tons conspiratórios. Mais tarde, Jair Bolsonaro voltou a mirar no auxiliar e disse em sua live que "paciente pode trocar de médico". Por outro lado, a Frente Nacional de Prefeitos cobrou apoio do Planalto ao ministro e afirmou que uma exoneração seria "voltar à estaca zero". A resposta de Mandetta, que hoje deve voltar a aparecer na coletiva sobre a epidemia, a tudo isso: "Lavoro, lavoro..."
 
TRISTE TEMPORADA
Símbolo do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace está fechado pela primeira vez em 97 anos. A crise do coronavírus atingiu em cheio o turismo e, consequentemente, o tradicional endereço carioca. Vazio por causa da pandemia, o hotel inaugurado em 1923 já havia cancelado eventos, suspendido os serviços de spa e cerrado as portas de dois de seus três restaurantes até a semana passada. Agora, vai parar de vez. Apenas dois hóspedes-moradores continuarão por lá: a diretora do hotel, Andrea Natal, e o cantor Jorge Ben, que desde 2018 vive no local. A quarentena forçada vai durar até o fim de maio.


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