Candidato democrata lamentou decisão de Trump, mas não pretende realocar unidade em Tel Aviv
AFP e Correio do Povo
O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Joe Biden disse nesta quarta-feira (29) que manterá a embaixada americana em Jerusalém se vencer a eleição de novembro, apesar de lamentar a decisão do presidente Donald Trump de removê-la de Tel Aviv.
O ex-vice-presidente afirmou que a delegação "não deveria ter sido transferida" pelo governo de Trump sem um acordo de paz no Oriente Médio.
Mas "agora que está feito, não levarei a embaixada de volta a Tel Aviv", declarou Biden durante um evento de captação de recursos online.
"Mas o que eu faria ... Seria também abrir nosso consulado em Jerusalém oriental para dialogar com os palestinos, e meu governo exortaria as duas partes a tomar iniciativas para manter viva a perspectiva de uma solução de dois Estados", declarou o democrata a cerca de 250 doadores, reunidos por videoconferência.
Desde sua chegada à Casa Branca, em janeiro de 2017, Trump multiplicou gestos a favor de Israel, reconhecendo Jerusalém como capital do Estado hebraico em dezembro do mesmo ano e transferindo a embaixada de Tel Aviv para a cidade santa em maio.
Essa decisão modificou a posição americana - e a diplomacia internacional - vigente há décadas, já que os palestinos pretendem ter sua capital em Jerusalém oriental, um setor da cidade ocupada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.
No final de janeiro de 2020, Jared Kushner, genro e conselheiro de Trump, revelou um plano de paz para o Oriente Médio que faz grande número de concessões a Israel e foi totalmente rejeitado pelos palestinos, por isso continua sendo letra morta.
O plano prevê tornar Jerusalém a capital "indivisível" de Israel, bem como a anexação pelo Estado hebraico do Vale do Jordão e mais de 130 colônias judaicas na Cisjordânia, território palestino ocupado pelos israelenses desde 1967.
AFP e Correio do Povo
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